Ministro do Canadá diz que foi discriminado nos EUA por usar turbante

Navdeep Bains afirmou que agentes de aeroporto solicitaram que ele retirasse a peça após passar por detector de metais

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TORONTO - O ministro da Inovação, Ciência e Desenvolvimento Econômico do Canadá,Navdeep Bains, de origem sikh, denunciou nesta quinta-feira, 10, que foi discriminado por agentes da fronteira dos Estados Unidos, no ano passado, porque usava um turbante e afirmou que seu retorno ao Canadá só foi permitido quando mostrou seu passaporte diplomático.

Ottawa.O ministro da Inovação, Ciência e Desenvolvimento Econômico do Canadá, Navdeep Bains, de origem sikh, é cumprimentado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau Foto: Chris Wattie/AFP (04/11/2015)

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A denúncia foi feita ao jornal canadense La Presse. Bains sempre usa turbante, seguindo uma tradição da cultura sikh.

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O ministro contou que, em abril de 2017, após passar pelos pontos de segurança do Aeroporto de Detroit, incluindo o detector de metais, os agentes da fronteira solicitaram uma nova revista para verificar resíduos de produtos químicos. Após um falso positivo, os policiais teriam pedido que ele retirasse o turbante. Bains pediu então que eles realizassem um novo teste.

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Na cultura sikh, o turbante é uma peça obrigatória para os homens adultos e não pode ser retirado em público.

O segundo teste deu negativo, e o ministro resolveu se dirigir à porta de embarque. Mas, antes que pudesse entrar no avião, os agentes teriam pedido novamente para que ele retirasse o acessório. Bains mostrou então seu passaporte diplomático, e os policiais disseram que já não era mais necessário.

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O ministro classificou a atitude dos agentes americanos como discriminatória e disse que, quando viaja, não mostra seu passaporte diplomático para ser tratado como todos.

"Quando vou embarcar, me dizem para retirar o turbante. Mas, ao saber de meu status diplomático, me dizem que tudo está bem? Essa não é uma resposta satisfatória", afirmou.

Após saber do incidente, o governo canadense entrou em contato com o governo americano, que se desculpou pelo tratamento dado ao ministro. /AP E EFE

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