Nasrallah diz que Hezbollah atingiu base militar e nega que Israel tenha atrapalhado plano

Israel afirma que o Hezbollah não atingiu a base militar de Gillot, que abriga a maior unidade de inteligência das Forças de Defesa de Israel (FDI)

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Por Redação

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, apontou neste domingo, 25, que os ataques da milícia xiita libanesa contra Israel visavam atingir a base militar de Gillot, que fica próxima de Tel-Aviv e que o objetivo foi cumprido. Em um pronunciamento, Nasrallah afirmou que a base abriga a maior unidade de inteligência das Forças de Defesa de Israel (FDI), que foi responsável pela morte de Fuad Shukr, um alto oficial do Hezbollah, no fim de julho.

De acordo com o chefe do Hezbollah, o grupo armado libanês conseguiu atingir a base militar israelense, mas a informação foi negada por oficiais de Tel-Aviv. Nasrallah disse que o Hezbollah não tinha a intenção de atingir infraestrutura civil e que a ação mirava apenas alvos militares.

O chefe da milícia xiita libanesa também negou que os ataques israelenses chamados de “preventivos” pelo Exército de Israel tenham prejudicado os planejamentos do Hezbollah.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em discurso neste domingo, 25, após troca de ataques com Israel  Foto: Al Manar/AFP

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“As declarações de que a resistência iria lançar 8 mil ou 6 mil foguetes e drones e que [Israel] os destruiu são declarações enganosas”, apontou Nasrallah, acrescentando que apenas “algumas dezenas de lançadores de foguetes” foram destruídos.

O Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses.

Cessar-fogo

Nasrallah também se justificou pela demora na resposta do Hezbollah à morte de Shukr, que aconteceu no fim de julho após um bombardeio israelense em Beirute, capital do Líbano. Segundo o chefe do Hezbollah, o grupo armado queria aguardar os avanços das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza antes do ataque.

As conversas para uma trégua na guerra no enclave palestino ainda estão acontecendo. Neste domingo, oficiais do Catar, Egito, Estados Unidos e Israel estão em Cairo para negociar. O grupo terrorista Hamas também enviou uma delegação à cidade.

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Homens libaneses assistem ao discurso de Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, após troca de ataques com Israel neste domingo, 25  Foto: Ibrahim Amro/AFP

De acordo com o chefe da milícia xiita libanesa, caso o Hezbollah tenha de fato conseguido atacar a base de Gillot, a milícia libanesa não atacará mais Israel para vingar a morte de Shukr. Contudo, se o grupo armado verificar que não conseguiu atingir o posto militar, o Hezbollah acredita que ainda tem o direito de atacar novamente Israel em uma data posterior.

Apesar disso, Nasrallah indicou que a atual rodada de escalada dos conflitos pode estar chegando ao fim. “Nesta fase, as pessoas podem respirar e relaxar”, disse ele./com NYT e AFP

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