Ala da oposição forma governo de coalizão com Netanyahu em sinal de união na guerra contra o Hamas

Ataque terrorista do Hamas cria unidade nacional em Israel em torno da resposta à agressão

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, e a ala da oposição encabeçada pelo ex-ministro da Defesa Benny Gantz alcançaram um acordo para a criação de um governo de emergência e unidade nacional.

PUBLICIDADE

Em uma declaração conjunta, Netanyahu e Gantz detalharam que será criado um gabinete especial para gestão da guerra, do qual os dois farão parte.

O Likud, partido de Netanyahu, já havia indicado na quarta-feira que tinha um acordo interno com os membros de seu gabinete para a entrada da oposição no governo. Embora o cenário político interno de Israel fosse extremamente acirrado, o ataque do Hamas acabou criando uma unidade em torno da resposta à agressão.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu; criação de um gabinete de guerra foi crucial para que governo e oposição fechassem acordo Foto: Ohad Zwigenberg/AP

O principal termo para o acordo entre o governo e a oposição foi a criação de um gabinete de guerra, que terá a participação de Netanyahu, Gantz e o ministro da Defesa, Yoav Gallant.

Publicidade

Essa era uma das principais exigências de Gantz para concordar com o governo de unidade. O líder do principal grupo de oposição, o ex-premier Yair Lapid, não entrará no governo de coalizão, mas Netanyahu e Gantz disseram que um lugar foi “reservado” para ele no gabinete de guerra.

A liderança do esforço de guerra já era uma questão suscitada dentro de Israel desde o ataque terrorista do Hamas, mas divergências sobre a forma que assumiria e sobre quem seria incluído retardaram brevemente o esforço.

Gantz, líder da aliança política de oposição Unidade Nacional, apelou repetidamente pelo fim do governo de Netanyahu, mas disse que consideraria se juntar a um governo de emergência liderado pelo primeiro-ministro.

Analistas disseram que a dificuldade de Israel em remendar a resposta política aos ataques foi em grande parte resultado da lentidão de Netanyahu. O primeiro-ministro enfrenta um julgamento por corrupção e uma oposição generalizada às mudanças no sistema judicial que, segundo os críticos, minam as normas democráticas do país. Ele teria pouca vontade de mudar a composição do atual governo, que o apoia.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.