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‘Erro grave’: Netanyahu acusa ‘aliados do Irã’ de terem tentado assassiná-lo

Primeiro-ministro israelense disse que os envolvidos iriam “pagar caro” pelo ataque contra a sua residência

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Por Redação

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou no sábado, 19, “os aliados do Irã” de tentarem assassiná-lo com um ataque de drone contra sua residência familiar. Ele disse que os envolvidos iriam “pagar caro” por isso.

Segundo sua assessoria, Netanyahu e sua esposa não estavam presentes no momento do atentado em sua residência em Cesareia, uma cidade no litoral central de Israel, e o ataque não causou vítimas. O exército informou que o drone, vindo do Líbano, atingiu uma “estrutura” em Cesareia, sem especificar se esta ficava no terreno da residência.

Benjamin Netanyahu acusa "aliados do Irã" do ataque de drone em sua casa Foto: Pamela Smith/AP

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“Os aliados do Irã que hoje tentaram nos assassinar, a mim e à minha esposa, cometeram um erro grave”, afirmou Netanyahu em um comunicado. “Eu digo aos iranianos e seus aliados no Eixo do Mal: qualquer um que prejudicar os cidadãos do Estado de Israel pagará caro por isso”, acrescentou.

O ataque “mostra o verdadeiro rosto” do Irã, declarou o chanceler israelense, Israel Katz.

O incidente ocorre em meio à guerra de Israel contra o grupo libanês pró-Irã Hezbollah, que no sábado reivindicou vários disparos de foguetes contra Israel, sem mencionar o ataque de drone denunciado por Netanyahu. O ataque também ocorre em um contexto de crescente tensão entre Israel e o Irã.

O Irã lançou, no dia 1º de outubro, 200 mísseis contra território israelense, em resposta aos assassinatos pelo Israel do general iraniano Abbas Nilforushan e do líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, em setembro, em Beirute.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, prometeu dar uma resposta “letal, precisa e surpreendente” ao ataque de mísseis.

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Nos bombardeios de sábado, um homem de cerca de 50 anos morreu mais ao norte, na cidade portuária de Acre, devido aos estilhaços, informaram os serviços de emergência israelenses.

Por sua vez, o Hezbollah anunciou que disparou foguetes contra a região de Haifa, o grande porto do norte de Israel, bem como contra Safed. O grupo também disparou contra uma base militar, em resposta, segundo disse, às “agressões” israelenses no Líbano.

Israel afirma que busca neutralizar o Hezbollah nas regiões próximas à sua fronteira e permitir o retorno ao norte do país de cerca de 60 mil deslocados há um ano devido ao lançamento de foguetes pelo movimento islâmico.

Pelo menos 1.418 pessoas morreram no Líbano desde o início dos bombardeios israelenses contra o Hezbollah em 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. A ONU contabiliza cerca de 700 mil pessoas deslocadas no país

Pedidos de ajuda para Gaza

O Hamas, que governa Gaza desde 2007, foi enfraquecido por um ano de guerra e pelo assassinato na quarta-feira de seu líder, Yahya Sinwar. Os ministros da Defesa do G7 das maiores potências ocidentais pediram “um aumento significativo e duradouro” da ajuda humanitária para Gaza.

Eles também instaram o Irã “a se abster de fornecer apoio ao Hamas, ao Hezbollah, aos rebeldes houthis do Iêmen e a outros atores não estatais, bem como de tomar quaisquer medidas adicionais que possam desestabilizar a região e desencadear um processo de escalada descontrolada”.

A guerra em Gaza começou após a incursão, em 7 de outubro de 2023, de militantes que mataram 1.206 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, e tomaram 251 reféns, dos quais 97 ainda estão em cativeiro, segundo contagens da AFP baseadas em dados oficiais israelenses.

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Na ofensiva de retaliação israelense contra Gaza, um território de 2,4 milhões de habitantes antes da guerra, 42.519 palestinos morreram, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas, cujos dados são considerados confiáveis pela ONU./AFP

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