Netanyahu afirma que EUA mudarão embaixada para Jerusalém em um ano

Em entrevista a jornais da Índia, premiê israelense se disse convencido de que transferência acontecerá 'muito mais rápido do que as pessoas pensam'; para secretário de Estado dos EUA, mudança da representação diplomática demoraria pelo menos dois anos

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Por Redação
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JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, está convencido que os Estados Unidos transferirão sua embaixada a Jerusalém em no máximo um ano e muito antes do previsto, segundo declaraçações a jornalistas na Índia, onde está em visita oficial.

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"A minha avaliação e convencimento é que isto se moverá muito mais rápido do que as pessoas pensam, um ano a partir de hoje", disse o governante israelense em um voo de Nova Délhi a Gujarate, segundo o jornal "The Times of Israel".

Netanyahu (C) e a mulher, Sara, observam o premiê indiano, Narendra Modi, soltar pipa; líder israelense se disse convencido que mudança de embaixada americana será concluída em um ano Foto: REUTERS/Amit Dave

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No mês passado, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, afirmou que a transferência da embaixada a Jerusalém demoraria pelo menos dois anos, e provavelmente mais.

Netanyahu não explicou em que baseava sua afirmação, mas indicou que se tratava de uma série de movimentos políticos "que não tinham acontecido antes", segundo informou o jornal "Haaretz".

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Esses movimentos políticos incluem a postura do presidente americano, Donald Trump, sobre o Irã e sua intenção de cancelar o pacto nuclear, bem como sua decisão de atrasar um pagamento de US$ 65 milhões à agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), detalhou a emissora de rádio "Kan".

Trump prometeu mudar a embaixada do seu país de Tel-Aviv para Jerusalém em um discurso no dia 6 de dezembro, no qual também reconheceu formalmente Jerusalém como a capital israelense.

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O controverso reconhecimento do governante dos EUA desencadeou protestos em alguns países, sobretudo em Israel e territórios palestinos, e foi rejeitado com uma resolução não vinculativa da Assembleia-Geral das Nações Unidas. / EFE e AFP

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