Nicolás Maduro anuncia exercícios militares para a primeira quinzena de fevereiro

Presidente da Venezuela disse que objetivo é treinar "a defesa das cidades"

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Por Redação
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira, 8, que nos dias 15 e 16 de fevereiro as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) realizarão "os primeiros exercícios militares" do ano 2020 para treinar "a defesa das cidades".

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas Foto: Yuri Cortez/AFP

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"Vamos defender a cidade por dentro, do bairro, da montanha, do campo", disse Maduro em uma cerimônia do governo realizada na sede da Academia Militar e transmitida no canal estatal VTV.

O governante disse que na atividade serão implantados o sistema de armas, bem como "toda a FANB" e a chamada Milícia Bolivariana, um corpo formado por civis militantes do Chavismo.

Durante o ano de 2019, Maduro ordenou exercícios militares de 3 a 28 de setembro em algumas manobras realizadas nos estados de Zulia, Táchira, Apure e Amazonas, territórios que compõem os 2.219 quilômetros de fronteira que a Venezuela compartilha com a Colômbia.

"Como fomos defender a pátria na fronteira, agora vamos defendê-la nas cidades de Caracas, Maracay, Valência, Barquisimeto, Maracaibo", disse o presidente na quarta-feira.

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Segundo Maduro, com essas práticas, eles buscam defender o país do Caribe "não apenas" do "imperialismo americano ou da oligarquia colombiana", mas também das "máfias" que "atacam a Venezuela" e "as máfias da gasolina que prejudicam o povo", especialmente no interior do país".

Na atividade, Maduro disse que a Venezuela "precisa de um FANB unido e coeso", já que considera "uma pátria assolada pelo imperialismo".

O líder chavista disse "estar pronto para estourar os dentes daqueles que ousam tocar o solo sagrado da Venezuela, estourar os dentes do imperialismo ou da oligarquia colombiana, se necessário, quando necessário, no momento em que for necessário".

Além disso, ele apontou que cada membro da Milícia "precisa ser um líder do povo" que até "está disposto a martirizar, se necessário, para defender a pátria, para defender a independência".

Questão de ordem. Em relação à situação da Assembléia Nacional, Maduro disse que a oposição vive uma "divisão violenta".

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Ele considerou que os acontecimentos recentes foram "um espetáculo para câmaras internacionais" e expressou seu apoio à Assembléia Nacional Constituinte, um órgão legislativo composto apenas por funcionários, para "arrumar e garantir a paz".

No domingo passado, Parra disse que foi eleito chefe da Câmara com o apoio do partido no poder em uma sessão tensa na qual o chefe parlamentar até então indiscutível Juan Guaidó e várias dezenas de legisladores da oposição não puderam entrar depois de serem detidos por funcionários da polícia militarizada.

No entanto, Guaidó foi reeleito pela maioria da oposição da Câmara com 100 dos 167 votos em jogo, em uma sessão paralela realizada na sede do jornal El Nacional em Caracas. /EFE

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