A polícia da Nova Zelândia está correndo para rastrear doces adulterados com “níveis potencialmente letais de metanfetamina” depois que eles foram distribuídos por uma instituição de caridade da cidade de Auckland, localizada na Ilha Norte do país. Cerca de 400 pessoas podem ter recebido os doces que foram distribuídos em uma cesta básica, disse a Auckland City Mission. Segundo a instituição, os doces foram doados anonimamente em embalagem de varejo lacrada. As informações são da BBC.
De acordo com a emissora britânica, a instituição de caridade relatou o ocorrido as autoridades na terça-feira, 13, após ser alertada por um destinatário sobre os doces de “gosto estranho”. Pelo menos três pessoas, incluindo uma criança, procuraram atendimento médico depois de consumi-los, embora nenhuma esteja no hospital. “Não sabíamos que os doces continham metanfetamina quando foram distribuídos”, afirmou o porta-voz da instituição à BBC.
A polícia disse que, embora o incidente possa ter sido acidental e não uma operação direcionada, eles não tiraram nenhuma conclusão, pois ainda é “cedo para dizer”.
Helen Robinson, diretora executiva da Auckland City Mission, disse que alguns funcionários da instituição de caridade experimentaram os doces e concordaram com as reclamações, e começaram a “se sentir mal” depois. Eles então enviaram doces que ainda estavam no local para a Fundação de Drogas para testes, que confirmaram que níveis potencialmente letais de metanfetamina estavam contidos nas amostras.
Em um comunicado, a fundação disse que encontrou cerca de 3g de metanfetamina em um doce que foi enviado para teste. “Uma dose comum para engolir é entre 10 a 25 mg, então esse pirulito contaminado continha até 300 doses”, diz sua chefe Sarah Helm, acrescentando que engolir tal quantidade da droga é “extremamente perigoso e pode resultar em morte”. A metanfetamina pode causar dor no peito, taquicardia, convulsões, hipertermia, delírio e perda de consciência, de acordo com a fundação.
De acordo com Robinson, a missão distribui cerca de 50 mil cestas básicas por ano e apenas alimentos fabricados comercialmente são incluídos nessas cestas. A polícia pediu que as pessoas que tiverem doces embalados na embalagem amarela sabor abacaxi da marca Rinda entrem em contato imediatamente. “É vital que o público esteja ciente desses doces e do perigo que eles representam”, disse o inspetor-detetive Glenn Baldwin em uma entrevista coletiva na quarta-feira, 14.
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As autoridades ainda estão tentando entender a escala da disseminação. 16 pacotes foram recuperados até agora – a polícia diz que cada pacote pode conter de 20 a 30 doces, mas eles não sabem o número exato nos 16 pacotes. Aproximadamente 400 pessoas foram contatadas pela instituição de caridade.
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