WELLINGTON - Autoridades da Nova Zelândia utilizaram a estratégia de executar canções repetidamente para remover os manifestantes antivacinas das proximidades do Parlamento. Entre os hits escolhidos para dispersar a multidão estavam sucessos populares como Macarena, Mandy, do cantor Barry Manilow, e o sucesso infantil Baby Shark – além do uso de jatos d’água.
A medida, porém, provocou críticas do chefe de polícia de Wellington, Corrie Parnell, que não gostou da tática usada pelas autoridades do Parlamento. Segundo ele, a ideia parece ter fortalecido a determinação dos manifestantes de permanecer no local. “Certamente, não seria uma tática ou metodologia que teríamos endossado”, afirmou Parnell à Radio New Zealand.
Segundo a emissora, os manifestantes responderam à seleção musical com vaias e tocando a música We’re Not Gonna Take It (“Não vamos aceitar”), da banda americana Twisted Sister, adotada como hino pelos caminhoneiros canadenses.
Centenas de manifestantes – inspirados no chamado “Comboio da Liberdade” dos caminhoneiros no Canadá – estão acampados há uma semana nas proximidades do Parlamento neozelandês, apesar do apelo da primeira-ministra, Jacinda Ardern, para que retornassem para casa.
Motivações
Inicialmente, a polícia permitiu que os manifestantes montassem tendas e acampassem na área do Parlamento, antes de prender 122 ativistas na quinta-feira – e depois recuar novamente.
Apesar das prisões e das brigas com a polícia, dezenas de tendas permanecem no local, com carros e caminhões bloqueando as ruas ao redor. A polícia diz ter dificuldade para estabelecer linhas de comunicação com os manifestantes, porque, segundo ela, o grupo tem uma “variedade de causas e motivações”. /AFP e AP
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