Novas fotos de satélite mostram danos de bombardeios em ponte na Crimeia e em usinas de Kiev

Infraestrutura vital para o reabastecimento russo no sul da Ucrânia começou a ser reparada, como mostram imagens

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Por Ellen Francis
Atualização:

Novas fotos de satélite divulgadas pela Maxar Technologies, empresa de tecnologia espacial dos Estados Unidos, mostraram com mais detalhes os danos causados pela explosão na ponte sobre o Estreito de Kerch, que liga a Rússia à Península da Crimeia, e a duas usinas de energia na capital ucraniana, Kiev, atingida por bombardeios russos.

Imagens captadas na quarta-feira, 12, mostram que reparos pareciam estar em andamento em partes da estrada e da ferrovia na Ponte da Crimeia, disse a empresa. Carros e caminhões pequenos foram vistos circulando na estrutura, enquanto uma balsa transportava caminhões pelo Estreito de Kerch.

Imagem publicada pela Maxar Technologies mostra ponte sobre o Estreito de Kerch sendo reparada. Foto: Maxar Technologies via EFE

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, culpou a Ucrânia pela explosão que derrubou um trecho da ponte no fim de semana passado, e ordenou um “ataque maciço” em cidades ucranianas nesta semana em retaliação.

Reparos na ponte sobre o Estreito de Kerch, na Crimeia. Foto: Maxar Technologies via REUTERS

A enxurrada de ataques nas cidades da Ucrânia no início desta semana também derrubou energia e infraestrutura. Em Kiev, as novas fotos de satélite mostraram danos em duas usinas de energia ou perto delas, disse Maxar.

Imagem de satélite mostra fumaça subindo da usina de energia Tets-5, em Kiev, na quarta-feira, 12. Foto: Maxar Technologies via REUTERS

Kiev rejeitou a investigação da Rússia sobre a explosão e, embora não tenha reivindicado a responsabilidade, um funcionário do governo disse ao The Washington Post anteriormente que os serviços especiais do país estavam por trás do ataque.

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Colunas de fumaça sobem em volta da sede da Samsung em Kiev e da central elétrica Tets-3 Foto: Maxar Technologies via REUTERS

Na quarta-feira, 12, o serviço de inteligência da Rússia (FSB) disse ter prendido oito pessoas pela explosão da ponte. Segundo o FSB, a explosão foi organizada por uma equipe de inteligência ligada ao Ministério da Defesa ucraniano – cinco deles russos e os outros ucranianos e armênios.

Em um comunicado, o serviço de inteligência da Rússia detalhou que, supostamente, a bomba utilizada na explosão continha 22 toneladas de explosivos que foram enviados de um porto em Odesa, no sul da Ucrânia, em agosto. Os explosivos seguiram para o sul da Rússia, onde foram carregados em um caminhão que foi conduzido até a ponte e detonado, disse.

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