Um novo vídeo divulgado nas redes sociais mostra em novos ângulos o início do fogo em um casamento no Iraque, na semana passada, que deixou mais de 100 mortos. Nas imagens, é possível ver uma “chuva de fogo” iniciando na cerimônia após o uso de artefatos pirotécnicos e convidados correndo na tentativa de se salvar.
O vídeo que circula pelas redes sociais mostra o início da tragédia por diferentes perspectivas, sendo possivelmente feito pela equipe de fotografia que registrava o casamento. Nas imagens, os noivos estão dançando no centro do salão, até que chamas de fogo começam cair do teto. O vídeo flagra a reação de espanto da noiva, bem como o desespero dos convidados, incluindo crianças, que imediatamente começam a correr. Leva poucos segundo para que as chamas se espalhem por todo o salão.
A investigação sobre a tragédia descobriu que o proprietário do salão ou seus funcionários acenderam sinalizadores que lançaram faíscas a cerca de 4 metros de altura, e que eles incendiaram decorações, algumas penduradas no teto e outras, ao que parece, enroladas nos lustres. As faíscas também incendiaram painéis do teto descritos como altamente inflamáveis.
As autoridades do Iraque afirmaram que o edifício foi construído com material altamente inflamável, que não tinha saídas de incêndio nem extintores de incêndio e que era utilizado por 900 pessoas – quase o dobro do número para o qual foi concebido. A tragédia causou 119 mortes.
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Os investigadores pediram no domingo, 1º, a demissão de funcionários provinciais e locais por não terem conseguido fazer cumprir os mínimos padrões de segurança na construção e operação do salão. Entre eles estavam o prefeito da cidade onde está localizado o salão de festas, o chefe do governo municipal local, o diretor do departamento de manutenção elétrica da cidade, os chefes provinciais dos bombeiros e segurança e da Defesa Civil, e um diretor do gabinete de turismo, que licenciou o salão.
“O prefeito foi negligente: o salão foi construído ilegalmente no terreno, mas o prefeito autorizou sua entrada em serviço sem a aprovação de outros órgãos públicos”, disse Abdul Amir al-Shammari, ministro do Interior iraquiano, que anunciou as conclusões do relatório em Bagdá./Com The New York Times.
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