Novos protestos deixam mortos e feridos no oeste da Nicarágua

Após governo descartar antecipar eleições, nova onda de manifestações no oeste do país deixaram pelo menos 14 mortos, informam agências de direitos humanos locais

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MANÁGUA - Pelo menos onze pessoas morreram durante uma nova onda de protestos na Nicarágua neste domingo, 8, dizem agências de direitos humanos locais. O caso mais recente ocorreu após confronto entre manifestantes oposicionistas e forças do governo no sudoeste do país um dia após o presidente Daniel Ortega descartar antecipar as eleições.

Manifestante nas proximidades de uma barricada montada no bairro de Monimbó, em Masaya, na última quinta-feira, 5. Foto: EFE/Bienvenido Velasco

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De acordo com as agências de direitos humanos, as forças policiais derrubaram barrigadas levantadas pelos manifestantes em Diriamba e Jinotepe, no oeste do país, o que levou ao confronto armado. Além dos mortos, o tumulto levou a dezenas de feridos e detidos. "A repressão de forças do governo é desproporcional", declarou o secretário executivo da Associação Nicaraguense de Direitos Humanos (ANPDH), Álvaro Leiva. Por sua vez, o secretário executivo da Comissão Interamericana da Direitos Humanos, Paulo Abrao, assegurou em Manágua que "a situação da Nicarágua segue crítica" e sua gravidade requer "uma atenção especial da comunidade internacional."

+ Governo da Nicarágua violou direitos humanos, diz CIDH A polícia atribui os mortos e feridos à ação de "terroristas armados" que fizeram barricadas para impedir a passagem das forças do governo. 

Após os confrontos, que ocorrem há três meses e deixaram centenas de mortos em todo o país, a Conferência Episcopal da Nicarágua pediu o fim da violência e "a continuidade do diálogo", a qual tenta atuar como mediadora.

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Os novos protestos foram motivados após o presidente Daniel Ortega anunciar, no último sábado, 7, que não anteciparia as eleições. "As regras não podem mudar da noite para o dia simplesmente por causa de um grupo de golpistas", anunciou. A declaração motivou protestos em um país marcado por confrontos entre manifestantes oposicionistas e o governo desde abril, quando Ortega tentou implantar uma reforma do sistema previdenciário do país. //AFP

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