Uma das lideranças políticas do Hamas, Saleh Al Arouri, morreu nesta terça-feira, 2, em um ataque de drone feito por Israel no sul de Beirute, capital do Líbano. Arouri era conhecido como o “número dois” do grupo terrorista. Outras cinco pessoas morreram durante o ataque israelense.
É a primeira vez desde o início da guerra em Gaza que Israel bombardeia a capital libanesa. Os confrontos entre o exército israelense e o Hezbollah, aliado do Hamas, limitaram-se até agora às áreas fronteiriças no sul do Líbano.
Leia também
Saleh Al Arouri foi morto juntamente com os seus guarda-costas num ataque ao escritório do Hamas no subúrbio ao sul de Beirute, um reduto do movimento Hezbollah apoiado pelo Irã, disse uma das duas fontes de segurança à AFP. Um fotógrafo da AFP viu dois andares do prédio voarem pelos ares. Ambulâncias rapidamente correram para a área.
O Hamas confirmou que o seu número dois foi morto em um bombardeio israelense. Em comunicado, o grupo terrorista culpou “a ocupação sionista”, referindo-se a Israel, pelo assassinato “covarde” de líderes palestinos “dentro e fora da Palestina”. O Hamas ainda declarou que o bombardeio de seu escritório em Beirute “prova mais uma vez o completo fracasso deste inimigo em alcançar qualquer um dos seus objetivos beligerantes na Faixa de Gaza”.
Saleh Al Arouri, acusado por Israel de ser o cérebro de múltiplos ataques, foi escolhido como vice do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, em 2017. Ele foi um dos fundadores do ramo militar do Hamas e liderou o grupo terrorista na Cisjordânia.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, ameaçou matá-lo antes mesmo do início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro. Depois de ter sido preso por Israel durante quase 20 anos, Arouri foi libertado em 2010 sob condição de exílio.
Segundo a agência nacional de notícias libanesa, Ani, pelo menos seis pessoas morreram no atentado, realizado com um drone. Segundo a agência, no momento do ataque “estava ocorrendo uma reunião de formações palestinas” no prédio./AFP e AP.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.