Obama e Piñera na coletiva de imprensa no La Moneda em Santiago. Foto: Jason Reed/Reuters
Em sua primeira aparição pública no Chile, onde chegou nesta segunda-feira após passagem pelo Brasil, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama afirmou que seu país está disposto a cooperar com quaisquer informações que tenha relativas ao período da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Os Estados Unidos apoiaram o golpe que derrubou o presidente eleito Salvador Allende, episódio que desencadeou um dos regimes mais sangrentos da América Latina.
Obama, que logo após aterrissar em Santiago rumou para o Palácio de La Moneda para encontrar-se com seu homólogo Sebastián Piñera, disse ainda ser "importante compreender nossa história, mas que não fiquemos presos por ela". O líder norte-americano exaltou o papel de liderança cada vez maior do Chile na América Latina e salientou esperar que a associação dos dois países seja ainda mais forte nos próximos anos.
Chile e Estados Unidos têm uma sólida e privilegiada relação comercial. Obama afirmou que pretende ampliar o tratado de livre comércio entre as duas nações. "O que me emociona mais é que em um país como o Chile, não se trata mais do que podemos dar ao Chile, mas do que o Chile pode dar a nós", elogiou Obama.
O presidente norte-americano vai dar ainda um esperado discurso no qual deve anunciar as intenções de seu país para a América Latina. Obama passou dois dias no Brasil, em Brasília e no Rio - sem fazer nenhum pronunciamento mais contundente em termos políticos. Depois do Chile, ele segue nesta terça para El Salvador, encerrando seu 'tour' no continente vizinho ao seu.