OEA denuncia a ‘manipulação mais aberrante’ nas eleições presidenciais da Venezuela

Comunidade internacional também lança dúvidas sobre os resultados que dão a Maduro o seu terceiro mandato consecutivo de seis anos

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Por Redação
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A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou, nesta terça-feira, 30, que as eleições presidenciais de domingo na Venezuela, nas quais o ditador Nicolás Maduro foi declarado vencedor, sofreram “a mais aberrante manipulação”, em um comunicado do gabinete do seu secretário-geral, Luis Almagro.

“Ao longo de todo este processo eleitoral vimos a aplicação pelo regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição da manipulação mais aberrante”, afirma o texto.

Manifestantes antigovernamentais tomaram as ruas de Caracas, Venezuela, na noite de segunda-feira, 29 de julho de 2023, para denunciar o resultado da eleição presidencial de domingo Foto: Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times

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Após horas de incerteza no domingo, o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano (CNE), controlado pelo regime, concedeu oficialmente a vitória a Maduro com 51,2% dos votos contra 44,2% para o principal candidato da oposição, Edmundo González.

Mas tanto a oposição, liderada por María Corina Machado, como grande parte da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia, o Brasil e a Colômbia, lançam dúvidas sobre os resultados que dão a Maduro o seu terceiro mandato consecutivo de seis anos.

Machado garantiu na segunda-feira que tinha em sua posse cópias de 73% das atas de voto e projetou uma vitória de González com 6,27 milhões de votos contra 2,75 milhões de Maduro.

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O gabinete de Almagro garantiu que o fato de a oposição ter apresentado a ata e o governo não “seria ridículo e patético se não fosse trágico”.

“Neste contexto, é imperativo saber sobre a aceitação por parte de Maduro das atas mantidas pela oposição”, bem como que ele aceite “a sua derrota eleitoral”, afirma o comunicado.

“Caso contrário, seria necessário realizar novas eleições, mas neste caso com a presença das missões de observação eleitoral da União Europeia e da OEA e uma nova CNE para que seja reduzida a margem de irregularidade institucional que assolou este processo”, disse.

O Conselho Permanente da OEA convocou uma reunião extraordinária para quarta-feira para “abordar os resultados do processo eleitoral” na Venezuela./AFP

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