O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, visitou o maior campo de refugiados do Sri Lanka neste sábado e disse que o país não tem recursos para lidar com dezenas de milhares de pessoas que fogem do conflito envolvendo os rebeldes do grupo Tigres de Libertação do Tâmil. A viagem de Ban foi a mais importante visita internacional ao Sri Lanka desde que o governo declarou na segunda-feira vitória sobre os rebeldes, numa guerra de 25 anos. Ban se encontrou com Mahinda Rajapaksa, presidente do país. O secretário-geral afirmou a Rajapaksa que as Nações Unidas e outras agências humanitárias precisam de acesso imediato e irrestrito aos campos que abrigam 290 mil pessoas que escaparam das áreas rebeles. Ban visitou um campo com 220 mil refugiados. As pessoas estão abrigadas em tendas brancas. Ele visitou um hospital para civis. Muitos refugiados reclamaram da lotação do campo e de não receberem atenção médica própria. "O governo está fazendo o máximo", declarou Ban a jornalistas. "Mas o governo não tem recursos suficientes." O Sri Lanka prometeu acesso aos campos e maior liberdade de movimento, mas disse que precisa de mais tempo para reprimir a infiltração de rebeldes. O plano é reassentar a maioria dos refugiados em seis meses. "Vamos tentar trabalhar duro para que essa promessa se realize", disse Ban. "Eles precisam ser reassentados o mais cedo possível."
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