O exército israelense disse neste domingo, 2, que matou vários palestinos em três ataques aéreos no dia anterior na Cisjordânia ocupada. Testemunhas relataram um grande destacamento de forças israelenses em torno de Tubas e Tamun, no norte da Cisjordânia, palco de violência recente.
O exército está bloqueando as saídas do campo de refugiados de Faraa, a sudeste de Jenin, onde está realizando batidas domiciliares, disse um repórter da AFP, que viu vários drones sobrevoando a área.
O exército israelense informou no início do domingo que um “grupo tático” havia iniciado operações na área em torno de Tamun, onde foram descobertas armas.
A “operação antiterrorista” abrange cinco outros locais, disse a fonte. No sábado, 1, a força aérea “atacou e eliminou uma célula terrorista que estava planejando realizar um ataque” em Qabatiya, informou o exército.
O exército disse que havia matado “dois terroristas”, Saleh Zakarneh e Abed al Hadi Kamel, de Qabatiya. Abed al-Hadi Kamel havia sido libertado por Israel em novembro de 2023, durante a primeira trégua com o Hamas na guerra da Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde palestino disse na noite de sábado que os ataques israelenses na área de Jenin mataram cinco pessoas, incluindo um garoto de 16 anos. O exército disse à AFP que tinha como alvo “terroristas armados”.
Histórico
No mês passado, o exército israelense lançou uma grande ofensiva na Cisjordânia, chamada de “Muro de Ferro”, para expulsar os grupos armados palestinos da área de Jenin. Jenin e o campo de refugiados de Faraa são conhecidos por sua resistência à ocupação israelense da Cisjordânia. Os atos de violência dispararam desde o início da guerra na Faixa de Gaza em outubro de 2023.
Na Cisjordânia, as forças militares israelenses e os colonos mataram pelo menos 881 palestinos, incluindo muitos milicianos, desde o início da guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino.
Israel e o movimento islâmico palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Pelo menos 30 israelenses, incluindo vários soldados, foram mortos em ataques palestinos ou durante operações na Cisjordânia no mesmo período, de acordo com dados oficiais israelenses.
