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Órgão eleitoral controlado pelo chavismo confirma vitória de Maduro em eleição na Venezuela

Resultados finais dão 52% dos votos para o ditador e 43% para Edmundo González Urrutia, candidato da oposição que denuncia fraude e foi reconhecido presidente pelos Estados Unidos

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Por Redação

CARACAS - O Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, confirmou a vitória de Nicolás Maduro com 52% dos votos na contestada eleição da Venezuela. O candidato da oposição Edmundo González Urrutia, que denuncia fraude, teria 43% pela contagem final.

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O presidente do CNE, Elvis Amoroso, leu nesta sexta-feira, 2, o boletim atualizado com 97% das atas apuradas. Ele afirma que Maduro teve 6,4 milhões dos votos contra 5,3 milhões de González, o candidato da oposição que foi reconhecido como presidente pelos Estados Unidos, seguido por Argentina, Uruguai, Peru, Equador e Costa Rica.

Ainda de acordo com o presidente do CNE, a participação foi próxima dos 60% com comparecimento de 12,3 milhões dos 21,3 milhões eleitores aptos a votar.

Presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Elvis Amoroso, confirma vitória de Nicolás Maduro.  Foto: Yuri Cortez/AFP

Amoroso, de viés chavista, insistiu que a transmissão das atas e o processamento dos resultados foi atrasado por um suposto ataque ao sistema eleitoral da Venezuela. Ele havia proclamado a vitória de Maduro após a votação com 51% dos votos contra 44% de González Urrutia.

A oposição, por outro lado, afirma ter cópias de 80% das atas, que dariam a vitória ao seu candidato com 67% dos votos. Nicolás Maduro recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), também controlado pelo chavismo, para auditar a eleição. A corte aceitou o recurso na quinta-feira e convocou os candidatos para certificar os resultados hoje.

Desde o começo da semana, a Venezuela é palco de protestos contra o resultado das eleições contestadas. Pelo menos 11 pessoas foram mortas, denunciam organizações de direitos humanos. Mais de mil foram presas, segundo o Ministério Público venezuelano, outra instituição ligada ao regime./AFP

Protestos contra Nicolás Maduro em Caracas. Foto: Adriana Loureiro Fernandez/The New York Times
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