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União Europeia pede investigação de eleições no Irã

Bloco se mostra preocupado com denúncias de fraude e violência pós-eleição; um manifestante morreu

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Por Agência Estado, AP e Dow Jones
Atualização:

A União Europeia manifestou nesta segunda-feira, 15, a defesa de uma investigação iraniana para apurar as denúncias de fraude nas eleições do país. Na sexta, o presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito, em um pleito contestado pela oposição. "Esse é um assunto que as autoridades iranianas devem tratar e investigar", afirmaram os ministros de Relações Exteriores da UE, por meio de comunicado. O pedido veio após o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ordenar que o Conselho de Guardiães analise as denúncias do reformista Mir Hossein Mousavi, derrotado nas eleições, segundo o resultado oficial.

 

A UE se mostrou preocupada com as denúncias de fraude e com a violência pós-eleitoral. Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Teerã. Tiros foram disparados e pelo menos uma pessoa morreu. O secretário de Relações Exteriores britânico, David Miliband, comemorou o anúncio de investigação, porém pediu moderação das autoridades contra os manifestantes.

  

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"Vamos ver o que essa investigação produz, porque obviamente não é nosso problema quem governa o Irã, isso é um assunto para os iranianos, mas é nosso problema como o Irã se relaciona com o resto do mundo em uma série de assuntos importantes", afirmou Miliband.O ministro de Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, disse que a investigação deve fornecer respostas aos manifestantes. Os ministros europeus disseram que o bloco está disposto a relançar as conversas sobre o programa nuclear iraniano. A UE e os Estados Unidos temem que Teerã busque armas atômicas. Porém o governo iraniano argumenta que tem apenas fins pacíficos, como a produção de energia.O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, qualificou como uma "má notícia" a vitória de Ahmadinejad. "Eu não tenho certeza se os resultados refletem o real desejo da população iraniana", afirmou Barak. Porém ele admitiu que os políticos considerados linha-dura continuarão a "controlar o país". Barak ainda pediu que as nações ocidentais não descartem a hipótese de opção militar para confrontar os iranianos.

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