Pai e filho são condenados após lucrarem mais de US$ 20 mi com fraudes em prêmios de loteria

Durante aproximadamente 10 anos, entre 2011 e 2020, dupla sacou o dinheiro de 14 mil bilhetes premiados nos EUA

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Por Redação
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Um pai e um filho de Massachusetts, nos Estados Unidos, foram condenados à prisão por um esquema de fraude de loterias que os fez ganhar mais de US$ 20 milhões em prêmios. Ali Jaafar, 63, e Yousef Jaafar, 29, da cidade de Watertown, ainda foram incriminados por mentirem em suas declarações fiscais e sonegarem cerca de US$6 milhões em impostos.

Durante aproximadamente 10 anos, entre 2011 e 2020, a dupla sacou o dinheiro de 14 mil bilhetes premiados. Os bilhetes eram comprados de pessoas ganhadoras que preferiam vender os tíquetes com desconto em vez de reivindicar seus prêmios, conforme explicou o Ministério Público dos EUA, do Distrito de Massachusetts.

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Isso permitiu que os verdadeiros ganhadores evitassem a identificação pela Comissão de Loteria do Estado de Massachusetts, que é legalmente obrigada a identificar os ganhadores da loteria e reter quaisquer impostos pendentes, impostos atrasados e pagamentos de pensão alimentícia antes de pagar os prêmios.

Os réus recrutaram e pagaram os proprietários de dezenas de lojas de conveniência para facilitar as transações. Depois de comprarem os bilhetes dos ganhadores da loteria com desconto, usando as lojas de conveniência como intermediárias, os réus mentiram à Comissão, reivindicando o valor total do prêmio em dinheiro como seu.

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Com o esquema, totalizaram mais de US$ 20 milhões em lucros. Embora tenham relatado os ganhos em suas declarações fiscais, eles também reivindicaram perdas equivalentes em jogos de azar falsos como compensação para evitar impostos federais, disseram os promotores.

Ali Jaafar foi condenado a cinco anos de prisão, enquanto o filho, Yousef, recebeu uma pena de pouco mais de quatro anos (50 meses), além de serem ordenados a restituir US$ 6 milhões e passarem pelo confisco dos lucros com o esquema, segundo o Ministério Público.

Mohamed Jaafar, outro dos filhos de Ali Jaafar que também estava envolvido no esquema, já havia se declarado culpado de conspiração para fraudar a Receita Federal em 4 de novembro de 2022 e deve ser sentenciado em 25 de julho de 2023.

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