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Pai israelense conta o momento em que sua esposa e filhas se tornaram reféns do Hamas

Homem falava com esposa no momento em que militantes terroristas invadiram casa em que ela estava

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Por Patrício Kingsley
Atualização:

THE NEW YORK TIMES – O pesadelo de Yoni Asher começo durante um telefonema com a esposa, Doron Asher Katz, na manhã de sábado, 7.

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Sussurrando pela linha telefônica, Doron contou que ela, a mãe e as duas filhas pequenas estavam presas dentro do quarto em um vilarejo israelense perto da fronteira com Gaza. “Há terroristas dentro de casa”, disse a Yoni, segundo relatou em entrevista.

Depois, uma notícia pior: o parceiro da mãe de Doron Katz, Gadi Moses, havia deixado o cômodo em que estavam escondidos em segurança para discutir com os invasores. “Ela disse que eles foram embora e o levaram junto”, disse Yoni Asher.

Asher, de 37 anos, esperava que a esposa e as filhas estivessem pelo menos seguras. Mas então as linhas telefônicas desapareceram. Foi a última vez que Asher ouviu falar de sua esposa.

Imagens mostram família de Yoni Asher, raptada por militantes do Hamas durante a invasão à Israel, no sábado, 7 Foto: Acervo pessoal de Yoni Asher/via NYT

Com o rastreio remoto do smartphone de Doron, Yoni viu que o dispositivo foi levado para Khan Younis, uma cidade no sul de Gaza, sugerindo que ela também foi sequestrada.

Em seguida, circulou nas redes sociais um vídeo de israelenses sequestrados sendo conduzidos pelo território, enfiados na traseira de uma caminhonete. No vídeo, um atirador tenta passar uma espécie de venda na cabeça de uma mulher.

Asher reconheceu a mulher. Era Doron. Ele disse que suas filhas, Raz e Aviv, de 5 e 3 anos, e sua sogra, Efrat Katz, de 67 anos, foram colocadas ao lado dela.

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Imagem mostra sogra de Yoni Asher, Efrat Katz, ao lado do parceiro Gadi Moses. Ambos foram raptados pelo Hamas Foto: Acervo pessoal Yoni Asher/via NYT

Eles estão agora entre cerca de 150 reféns dentro da Faixa de Gaza, segundo autoridades israelenses. A maioria foi capturada em pequenas cidades israelenses próximas a fronteira na manhã de sábado.

A família pretendia voltar para casa no centro de Israel na noite de sábado, depois de uma curta visita à aldeia da mãe de Dora. Mas agora não há certeza de nada. “Não consigo dormir, estou vivendo fora do meu próprio corpo”, disse Asher.

“Tenho dois bebés, duas meninas pequenas”, acrescentou. “Essas bebezinhas não devem ser mantidos ou capturadas por terroristas.”

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