BRUXELAS - O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira, 31, o líder opositor Juan Guaidó como “presidente legítimo interino” da Venezuela. A decisão foi tomada após o fim do prazo dado pela União Europeia para exigir que Nicolás Maduro, presidente eleito, convocasse novas eleições.
Os parlamentares da Eurocâmara, uma das três instituições da União Europeia, aprovaram a resolução por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções. Eles pediram que a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e os Estados-membros “adotem posição firme e comum”, reiterando que Guaidó terá reconhecimento europeu até a Venezuela realizar novas eleições transparentes.
Em 23 de janeiro, o líder opositor e presidente da Assembleia Nacional se proclamou presidente interino e prometeu instalar um governo de transição ao não reconhecer a posse do segundo mandato de Maduro, qualificando as eleições presidenciais de 2018 como fraudulentas.
A medida do Parlamento Europeu fará pressão para que os Estados do continente reconheçam Guaidó como o chefe de Estado venezuelano, movimento já feito pelos Estados Unidos, Brasil e outros países da América. Até então, a Europa pedia a convocação de novas eleições.
Rússia, China, Turquia, Irã e Síria anunciaram que as eleições de Nicolás Maduro foram legítimas e que não reconhecem a legitimidade de Guaidó. No domingo, vence o prazo dado por Espanha, Alemanha, França e Reino Unido para que Maduro convoque eleições. Estes países devem então reconhecer Guaidó, o que provavelmente aumentará o isolamento financeiro do chavismo. / AFP e EFE
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