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Pentágono diz que Ucrânia recebeu caças de ‘parceiros’ para fortalecer sua força aérea

Porta-voz do departamento pondera que EUA facilitaram o envio de peças de reposição, mas não aviões; Biden deve anunciar novo pacote de ajudar militar

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - A Ucrânia recebeu de parceiros caças e peças de reposição para reforçar sua aviação, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, nesta terça-feira, 19, sem especificar quantos, que tipo de aeronave e sua origem.

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Ainda na noite deste terça-feira, a imprensa americana noticiou que o presidente Joe Biden deve anunciar um novo pacote de ajuda militar nos próximos dias e deverá ser equivalente ao de US$ 800 milhões anunciado na semana passada.

“Hoje eles têm mais aviões de guerra à sua disposição do que há duas semanas”, disse o porta-voz. Ele especificou que os Estados Unidos, que não querem parecer um país beligerante nesta guerra, facilitaram o envio de peças de reposição para o território ucraniano, mas não de aeronaves.

Ele não especificou o tipo de avião fornecido às forças ucranianas, que pedem aviões de guerra há semanas, mas deu a entender que eles são de fabricação russa. “Outras nações que têm experiência com esse tipo de aeronave conseguiram ajudá-los a colocar mais aeronaves em serviço”, disse ele.

Kiev pediu a seus aliados ocidentais os Mig-29 que seus soldados sabem operar e que um grupo de países do Leste Europeu possui. No início de março, foi discutida a possível transferência desses aviões russos da Polônia, mas os EUA se opuseram a ela por medo de que a Rússia pudesse considerar um envolvimento direto demais da Otan no esforço de guerra.

Armas sofisticadas

Quando colunas de tropas russas começaram a chegar à Ucrânia há quase dois meses, os EUA e seus aliados começaram a fornecer armas a Kiev para o que muitos esperavam ser uma guerra curta: fuzis de precisão, capacetes, kits médicos, comunicações criptografadas, muitas balas e os mísseis Stinger e Javelin portáteis de ombro que rapidamente se tornaram ícones do conflito.

Ônibus destruído diante de complexo de apartamentos na cidade ucraniana de Mariupol, sitiada por russos  Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS

Desafiando as probabilidades, a Ucrânia manteve sua capital, Kiev, e empurrou a Rússia para o norte. Agora, enquanto o Kremlin muda de marcha e inicia um esforço conjunto para capturar o leste da Ucrânia, Washington e seus aliados também estão adaptando a estratégia, lutando para fornecer aos ucranianos armas maiores e mais avançadas para se defender em uma guerra opressiva.

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O Ocidente está focado em enviar armas de longo alcance, como obuses, sistemas antiaéreos, mísseis antinavio, drones armados, caminhões blindados, veículos de transporte de pessoal e até tanques – o tipo de armas que o presidente Joe Biden disse que foram feitas sob medida para impedir “o ataque mais amplo esperado que a Rússia lance no leste da Ucrânia”.

O Kremlin admitiu nesta terça-feira que iniciou sua ofensiva pelo controle de Donbas, polo industrial no leste da Ucrânia. Depois de atacar 300 alvos na segunda-feira, o comando militar russo intensificou os bombardeios a cidades ucranianas, atacando 1.260 alvos durante a madrugada de hoje em uma linha de frente de quase 500 quilômetros, de Mikolaiv a Kharkiv.

O Pentágono estima que a Rússia enviou à Ucrânia nos últimos dias mais 11 batalhões, ou seja, entre 8 mil a 11 mil soldados. De acordo com os americanos, os russos também contam com milhares de reservistas prontos para se juntar à luta do outro lado da fronteira. Cerca de 75% das forças estariam de prontidão fora do território ucraniano./AFP, EFE e NYT

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