O primeiro-ministro do Iraque ordenou uma investigação sobre como um urso escapou do seu caixote dentro do compartimento de cargas de um avião. A aeronave iraquiana estava prestes a decolar do aeroporto de Dubai, e o incidente, que provocou atraso no voo, deixou os passageiros descontentes e gerou burburinho nas redes sociais.
A Iraqi Airways disse que não teve culpa pela fuga do urso e que a tripulação do avião trabalhou com autoridades nos Emirados Árabes Unidos, os quais enviaram especialistas para sedar o animal e removê-lo do avião. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o piloto do avião se desculpando aos passageiros pelo atraso na decolagem no voo de sexta-feira, 4, justificando que um urso havia escapado de seu caixote em meio às cargas.
A Iraqi Airways disse no sábado, 5, que os procedimentos para transportar o animal estavam de acordo com a lei e com o protocolo padrão aprovado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A companhia aérea disse que o urso estava voando de Bagdá para Dubai. Mas uma pessoa falando no vídeo que circula nas redes sociais sugere o contrário, dizendo que a aeronave estava uma hora atrasada para a viagem de Dubai para Bagdá, e que passageiros estavam sendo solicitados para desembarcar enquanto o problema não fosse resolvido.
O aeroporto internacional de Dubai, o mais movimentado do mundo para viagens internacionais, não quis comentar. Um oficial da Iraqi Airways, que falou sob a condição de anonimato, confirmou para a Associated Press no sábado que o urso estava, na verdade, sendo transportado para a capital do Iraque. Ele se recusou a comentar quem era o proprietário do animal.
Manter animais predadores como pets no Iraque — especialmente em Bagdá — se tornou popular entre os mais ricos. Autoridades têm lutado para fazer cumprir as disposições legais para proteger os animais selvagens. A polícia de Bagdá já havia pedido aos cidadãos que ajudassem as autoridades a impedir que esses animais fossem soltos nas ruas da cidade ou acabassem como refeições em restaurantes, relatando esses casos./AP
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