Polícia israelense prende 42 pessoas após ataque que deixou ao menos sete mortos em Jerusalém

Neste sábado, um dia após massacre em frente a sinagoga, outras duas pessoas foram feridas em ataque a tiros na mesma região

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Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM - Quarenta e duas pessoas foram detidas para interrogatório após o ataque na sexta-feira, 27, em frente a uma sinagoga em Jerusalém, que deixou ao menos sete mortos, conforme anunciou neste sábado, 28, a polícia israelense.

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“A polícia prendeu 42 suspeitos para interrogatório, alguns deles membros da família do terrorista”, disse em comunicado.

Na noite de sexta-feira (horário local), um atirador abriu fogo perto de uma sinagoga em Jerusalém e matou ao menos sete pessoas antes de ser morto pela polícia israelense. O ataque, considerado um “ato terrorista” pela polícia israelense, acontece após a incursão israelense na Cisjordânia que deixou 10 palestinos mortos, desencadeando protestos na região e ameaças de retaliação por parte dos grupos Hamas e Jihad Islâmica, e do ataque aéreo de Tel Aviv a instalações na Faixa de Gaza - incluindo uma fábrica subterrânea do Hamas.

Além dos mortos, outras três pessoas ficaram feridas em Jerusalém, de acordo com o serviço de resgate israelense.

Segundo a polícia, o atirador era um palestino de 21 anos residente em Jerusalém Oriental. Não há detalhes até o momento sobre o que o levou a realizar o ataque, que ocorreu em uma área da cidade anexada por Israel após a guerra de 1967 no Oriente Médio. Também não há indicação de que ele tenha se envolvido anteriormente em atividades militantes ou que fosse membro de um grupo armado palestino estabelecido.

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Na noite de sexta-feira (horário local), um atirador abriu fogo perto de uma sinagoga em Jerusalém e matou ao menos sete pessoas antes de ser morto pela polícia israelense. Foto: Mahmoud Illean/AP

Outros suspeitos detidos vivem no bairro de Jerusalém Oriental, disse a polícia.

Em uma declaração separada, a polícia informou que as forças israelenses foram colocadas em “alerta máximo”.

O ataque à Avenida Neve Yaakov, em um bairro de colonos judeus em Jerusalém Oriental, ocorreu poucas horas depois de um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, em resposta a disparos de foguetes daquele enclave palestino.

O chefe da polícia israelense, Kobi Shabtai, descreveu o massacre em frente a sinagoga como “um dos piores ataques que tivemos nos últimos anos.”

Após o atentado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu “ação imediata”, sem dar detalhes, e pediu aos israelenses que não fizessem justiça com as próprias mãos, mas confiassem no exército e na polícia.

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O ataque não foi reivindicado por nenhuma organização radical até o momento, mas tanto o grupo Hamas quanto o Jihad Islâmica afirmam que ele aconteceu pelos mortos na Cisjordânia.

Policiais israelenses ao lado de um pano com manchas de sangue na cena onde ocorreu um ataque a tiros neste sábado. Foto: Ammar Awad/Reuters

Ataque a tiros deixa feridos neste sábado

Duas pessoas ficaram feridas neste sábado em um ataque a tiros em um bairro de Jerusalém Oriental, informou o serviço de emergência israelense. O órgão de socorro descreveu o incidente como um “ataque terrorista”.

O incidente ocorreu no bairro palestino de Silwan, perto da Cidade Velha, um dia depois de um tiroteio que deixou sete mortos em frente a uma sinagoga. As duas vítimas estavam “totalmente conscientes” e foram levadas ao hospital.

“Um homem de 23 anos está em estado grave e um homem de 47 anos está em estado moderadamente grave, com ferimentos de bala na parte superior do corpo”, disse um porta-voz do serviço de emergência.

Um menino palestino de 13 anos foi o autor dos tiros que feriram o homem e seu filho, conforme informaram as autoridades. A polícia disse ainda que o agressor estava “incapacitado e ferido” e o identificou como um “menino de 13 anos residente em Jerusalém Oriental”, área da cidade anexada por Israel após a guerra de 1967 no Oriente Médio. /AFP

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