Pontos de vista: o que pensam representantes israelense e palestino no Brasil sobre o conflito 

Para o cônsul-geral de Israel, nenhum país se omitiria diante do terrorismo extremo contra seus cidadãos; para embaixador palestino, premiê israelense quer permanecer no poder a qualquer preço

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Por Redação
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No momento em que o conflito entre Israel e palestinos já fez mais de 200 mortos, Estados Unidos e Europa aumentaram a pressão diplomática por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Rumores de uma trégua mediada pelo Egito circularam na terça-feira, 18, mas não foram confirmados nem pelo Hamas, que controla o enclave palestino, nem por Israel. 

Manifestação na cidade mista de Jish com cartaz com a frase da Tora 'ame seu vizinho como a si mesmo', em árabe e em hebraico Foto: Jalaa Marey/AFP

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Pelo menos 217 palestinos foram mortos em ataques aéreos, incluindo 63 crianças, e mais de 1.500 ficaram feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Doze pessoas em Israel, incluindo um menino de 5 anos, foram mortas em ataques com foguetes.

Para o cônsul-geral israelense em São Paulo, Alon Lavi, no lugar de Israel, nenhum país se omitiria diante do terrorismo extremo e da agressão contra seus cidadãos e sua soberania, sobre seu direito de existir. "Nenhum dos leitores aceitaria viver sob constante ameaça de ataques terroristas e mísseis em suas casas, no trabalho e contra sua família. Israel não tem escolha se não defender seu povo", afirma ele em artigo para o Estadão. 

Na opinião do embaixador palestino, Ibrahim Alzeben, Israel tem um plano inicial, desde antes de sua existência enquanto Estado, que é tomar à força toda a Palestina. Para ele, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu seguirá com a escalada da violência até cumprir seu objetivo: "Permanecer no comando do governo, não importa a qual preço. Mas o mundo pode deter a catástrofe." 

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