Após receber as lideranças globais para a Cúpula do G-20 nesta semana no Rio de Janeiro, o Brasil irá encerrar sua presidência frente ao grupo no dia 30 de novembro. O mandato, que iniciou em dezembro de 2023, marcou a primeira vez que o País ocupou essa posição na história do grupo no formato atual.
No último ano frente ao grupo, o Brasil organizou mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, reuniões ministeriais e, por fim, irá sediar a Cúpula de Chefes de Governo no Rio de Janeiro nesta semana. Depois disso, a África do Sul passa a ocupar o cargo.
Mas como funciona essa presidência e por que ela é crucial para a economia e a diplomacia globais?
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Como é escolhido o país presidente do G-20?
A presidência do G-20 é rotativa, mudando de país a cada ano. Em geral, o processo é decidido com anos de antecedência, garantindo que todos os países tenham a oportunidade de presidir o grupo. A rotação é organizada para que a liderança alterne entre países de diferentes regiões e economias, equilibrando a representação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Qual é a função do presidente do grupo?
O presidente do G-20 fica responsável pela coordenação e liderança das atividades do grupo durante o ano de mandato. O cargo também exige que se crie uma pauta que reflita as questões mais urgentes e relevantes da economia e da diplomacia globais.
Mas a liderança não é exclusiva. O G-20 tem um sistema “troika”, que consiste nas presidências atual, anterior e seguinte do G-20, e os três membros cooperam entre si na preparação da Cúpula; Durante a presidência brasileira, o país trabalhou em estreita colaboração com a Índia (presidência de 2023) e a África do Sul (presidência de 2025).
Por que a presidência importa?
Este ano, o Brasil teve a oportunidade de moldar a agenda do grupo, que inclui as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia. Juntos, esses países representam cerca de 85% do PIB global, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.
Como presidente do G-20, o país define prioridades de curto e longo prazo, organiza reuniões e trabalha para facilitar o consenso entre os países membros. Além disso, a presidência possui a capacidade de convidar países não membros do grupo para participar dos encontros. Na presidência brasileira, foram convidados Angola, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal e Cingapura.
O país à frente do G-20 também ganha um papel relevante nas discussões sobre temas que pautam a agenda global, como mudanças climáticas, por exemplo, representando uma oportunidade para cada nação reafirmar sua relevância geopolítica e fortalecer alianças estratégicas.
O que o Brasil propôs na presidência do G-20?
O Brasil colocou três eixos prioritários para o período de sua presidência: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o combate às mudanças climáticas; e reforma das instituições de governança global.
O País teve como plano a criação de duas forças-tarefa no âmbito do G-20 para ampliar o combate à desigualdade ao longo da Presidência brasileira: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada durante a Cúpula, e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
Além disso, a presidência brasileira criou o processo inédito do G-20 Social, cujo objetivo é ampliar a participação social nos processos de debate para decisões da Cúpula dos Líderes em torno de três eixos centrais escolhidos pelo governo brasileiro.
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