Por um fio, a trégua no Oriente Médio

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Por Agencia Estado
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Um militante islâmico morreu nesta sexta-feira na explosão de um carro em frente a uma loja de produtos eletrônicos na Cisjordânia, em um caso no qual os palestinos acusam Israel por assassinato. Na Faixa de Gaza, um palestino morreu nas mãos de soldados israelenses depois de lançar uma granada contra militares que tentavam desativar uma bomba na Faixa de Gaza. O grupo islâmico Hamas reivindicou o ataque. Os assassinatos, aliados a tiroteios ocorridos nas proximidades de duas cidades cisjordanianas, sugerem que uma trégua de um mês negociada pelos Estados Unidos está a ponto de desabar, apesar de nenhum lado querer reconhecer o fato. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, retornou nesta sexta-feirade uma viagem de dois dias à Itália e reuniu-se com o chefe do Exército, com o ministro da Defesa e com o ministro das Relações Exteriores no Aeroporto Internacional Ben Gurion, durante a tarde, para discutir a deteriorada situação de segurança. Durante a breve ausência de Sharon, militantes palestinos assassinaram um colono judeu e feriram seis - um em estado grave - em diversas emboscadas promovidas nesta quinta-feira na Cisjordânia. Sharon confirmou que seu filho, Omri, reuniu-se nesta quinta-feira com o líder palestino Yasser Arafat. O primeiro-ministro disse ter escrito a Omri tudo o que queria que fosse comunicado a Arafat. "Esclareci a necessidade de se conter o terror", comentou Sharon sobre a mensagem. Ele disse desconhecer a resposta de Arafat. Durante a tarde, Fawaz Badran, um membro de 27 anos da ala militar do Hamas, morreu em Tulkarem, na Cisjordânia, quando um automóvel estacionado em frente ao seu local de trabalho explodiu, disseram fontes palestinas. Badran estava parado em frente à sua loja quando ocorreu a explosão, informou o Hamas. Depois da explosão, os palestinos dispararam contra um posto da guarda israelense. Segundo testemunhas, ninguém ficou ferido. Oficiais da segurança palestina e o líder do Hamas em Tulkarem, Abbas Al-Said, acusaram Israel de ter colocado os explosivos no veículo. De acordo com a Rádio Israel, Badran fazia parte de uma lista de militantes procurados por Israel. O Estado judeu não comentou o caso. Os palestinos acusam Israel pela política de assassinar palestinos apenas pela suspeita de serem militantes. Mais de 24 destes já foram assassinados por soldados israelenses. Em Roma, Ariel Sharon disse que o gabinete israelense aprovou uma série de medidas para conter os ataques palestinos.

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