Premiê da Nova Zelândia pede que pessoas não pronunciem nome de autor do massacre

Jacinda Ardern afirma que quer fazer todo o possível para evitar que agressor tenha a atenção que deseja

CHRISTCHURCH, NOVA ZELÂNDIA - A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou nesta terça-feira, 19, que jamais pronunciará o nome do autor do massacre em duas mesquitas em Christchurch, afirmando que o atirador enfrentará "toda a força da lei".

"A pessoa que cometeu estes atos não era daqui. Não foi criada aqui. Não encontrou sua ideologia aqui, mas não quer dizer que estas mesmas ideias não existam aqui", disse a premiê Foto: Marty Melville / Gabinete da primeira-ministra da Nova Zelândia / AFP

Cinquenta pessoas morreram na sexta-feira durante o atentado cometido por um supremacista branco, após ter publicado um manifesto citando vários autores de ataques racistas ou de extrema direita.

"Com este ato terrorista ele buscava várias coisas, entre elas notoriedade, por isto jamais me ouvirão dizer seu nome", disse a premiê. "Peço a vocês: digam os nomes dos que morreram no lugar do nome do homem que provocou tais mortes. É um terrorista, um criminoso, um extremista, que comigo não terá nome.”

Ataques a duas mesquitas na cidade de Christchurch

1 / 12Ataques a duas mesquitas na cidade de Christchurch

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

As mesquitas atacadas são MasjidAl Noor, no centro da cidade, eLinwood, localizada a cerca de 5 km da primeira. Foto: Martin Hunter / SNPA / Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Socorristas retiram homem ferido de mesquita na cidade neo-zelandesa de Christchurch. Foto: Mark Baker / AP

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Vítima é levada até ambulância após ataque àmesquita Masjid Al Noor, na Nova Zelândia. Foto: Martin Hunter/ SNPA/ Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

A polícia advertiu a população a evitar as mesquitas em todo o país. Foto: Martin Hunter / SNPA / Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Policial caminha armado após o ataque àmesquita Masjid Al Noor em Christchurch, na Nova Zelândia. Foto: Martin Hunter / SNPA/ Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Na mesquita de Masjid al Noor, um imigrante palestinoque pediu para não ser identificado disse ter visto um homem ser baleado na cabeça. Foto: Mark Baker / AP

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

No momento do atentado, a mesquita Masjid Al Noor estava repleta de fiéis. Foto: Martin Hunter / SNPA / Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Premiê da Nova Zelândia lamentou que seu país vive um dos "dias mais obscuros" de sua história diante das "múltiplas vítimas" nas duas mesquitas. Foto: Martin Hunter / SNPA / Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Foto de munição foi postada no Twitter pelo suposto atirador do ataque à mesquita em Christchurch. A imagem não datada foi compartilhada no dia 12 de ... Foto: Twitter/ ReutersMais

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

O suposto atirador do ataque à mesquita em Christchurchtambém compartilhou uma foto de um colete àprova de balas no Twitter. Foto: Twitter/ Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Vidro de carro foiatingido durante o ataque àmesquita Masjid Al Noor, emChristchurch, Nova Zelândia. Foto: Martin Hunter/ SNPA/ Reuters

Atentado em Christchurch, Nova Zelândia

Equipes de Segurança afastampúblico do local após o ataque à mesquita Masjid Al Noor em Christchurch, na Nova Zelândia. Foto: Martin Hunter / SNPA/ Reuters

O australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, foi detido pela polícia sob a acusação de assassinato e, segundo Jacinda, responderá a mais acusações.

A primeira-ministra prometeu uma reforma na legislação sobre armas na Nova Zelândia, onde o atirador comprou o fuzil de assalto de forma legal.

Jacinda também anunciou uma investigação sobre como Tarrant planejou os ataques no país sem ser identificado pelos serviços de segurança.

"A pessoa que cometeu estes atos não era daqui. Não foi criada aqui. Não encontrou sua ideologia aqui, mas não quer dizer que estas mesmas ideias não existam aqui", disse ela. / AFP