Premiê japonês demite filho de cargo no governo após festa em residência oficial

Shotaro Kishida usou as dependências do governo para promover uma reunião com amigos e familiares; imagens da festa causaram indignação entre a população

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Por Redação
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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, informou nesta segunda-feira, 29, que demitiu seu filho Shotaro Kishida do cargo de secretário executivo de política. A dispensa se deve ao fato de que Shotaro usou a residência oficial do premiê para uma promover uma festa privada que causou polêmica no país.

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Shotaro Kishida, o filho mais velho do primeiro-ministro, convidou um grupo de pessoas, incluindo parentes, para uma festa de passagem de ano, no dia 30 de dezembro, na residência oficial. Fotos publicadas pela revista semanal Shukan “Bunshun” mostraram Shotaro Kishida e seus familiares posando na escadaria acarpetada de vermelho, com ele ao centro, no assento reservado ao primeiro-ministro.

Outras fotos mostraram convidados de pé em um pódio como se estivessem dando uma entrevista coletiva. Com a divulgação de imagens da folia, o caso provocou indignação pública.

“Como secretário de assuntos políticos (do primeiro-ministro), um cargo público, suas ações foram inadequadas e decidi substituí-lo para assumir a responsabilidade”, disse Kishida aos repórteres na segunda-feira. Ele acrescentou que será substituído pelo secretário Takayoshi Yamamoto, na quinta-feira.

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O primeiro-ministro reconheceu que cumprimentou brevemente os convidados, mas disse que não ficou para o jantar. Ele ainda afirmou que repreendeu “duramente” seu filho, mas isso não conseguiu conter as críticas constantes dos legisladores da oposição e a indignação pública que derrubou seus índices de apoio.

Kishida nomeou seu filho secretário de política, um dos oito cargos de secretário do primeiro-ministro, em outubro. A nomeação, vista como um passo para prepará-lo como seu herdeiro, foi criticada como nepotismo, algo comum na política japonesa, há muito dominada por legisladores hereditários.

Anteriormente, seu filho era seu secretário particular. Não é a primeira vez que Shotaro é criticado por usar seu cargo oficial para atividades privadas. Ele já foi repreendido por usar carros da embaixada para passeios turísticos particulares na Grã-Bretanha e em Paris e também por comprar lembranças para membros do gabinete em uma loja de departamentos de luxo em Londres, quando acompanhava seu pai em viagens./AP

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