Presidente afastado da Coreia do Sul mandou que exército atirasse para impor lei marcial, diz MP

Yoon Suk Yeol teria pedido que militares retirassem deputados do Congresso ‘mesmo que seja à força '

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Por Redação

O presidente suspenso da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, autorizou os militares a abrirem fogo para entrar no Parlamento durante a tentativa de impor a lei marcial no dia 3 de dezembro, segundo um relatório do Ministério Público coreano.

Yoon, que foi afastado do cargo após sofrer impeachment, está sendo investigado depois de declarar a lei marcial e enviar o exército ao Parlamento, alegando conluio da oposição com o governo norte-coreano.

Yoon Suk Yeol, presidente afastado da Coreia do Sul ordenou ataques para impor lei marcial Foto: Kim Hong-ji/AP

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De acordo com o relatório da acusação, Yoon disse ao chefe do comando de defesa de Seul, Lee Jin-woo, que as forças militares poderiam disparar se necessário para entrar no Parlamento.

“Eles ainda não entraram? O que eles estão fazendo? Arrombe a porta e tire-os de lá, mesmo que seja atirando neles”, disse Yoon a Lee, de acordo com o relatório.

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Yoon também teria ordenado ao chefe do Comando de contraespionagem de Defesa, General Kwak Jong-keun, que “entrasse rapidamente” no Parlamento, uma vez que o quórum necessário para suspender a lei marcial não havia sido alcançado.

“Entre rapidamente no Parlamento e remova as pessoas de dentro da Câmara, arrombe as portas com um machado se necessário e arraste todos para fora”, disse Yoon, segundo o relatório.

Futuro

Yoon foi afastado das funções após uma votação no Parlamento. A decisão sobre seu futuro está agora nas mãos do Tribunal Constitucional, que deve validar ou invalidar a sua saída no prazo de seis meses.

O advogado de Yoon, Yoon Kab-keun, rejeitou o relatório da promotoria, dizendo à agência de noticias AFP que se trata de “um relato unilateral que não corresponde nem às circunstâncias objetivas nem ao bom senso”.

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Yoon enfrenta acusações criminais de insurreição por sua declaração de lei marcial, o que pode lhe render prisão perpétua ou até mesmo pena de morte.

O Gabinete de Investigação da Corrupção, que centraliza as investigações, já convocou duas vezes o presidente deposto para o interrogar sobre os acontecimentos que chocaram o país. Mas Yoon não compareceu a nenhuma dessas convocações.

Os investigadores enviaram uma terceira intimação na quinta-feira, 26, para uma audiência na manhã de domingo./AFP

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