O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, acusou nesta quinta-feira, 26, a Rússia de cometer um “genocídio” no Donbass, região do leste do país onde os combates se concentram atualmente.
“A atual ofensiva dos ocupantes no Donbass poderia deixar a região desabitada”, afirmou Zelenski em seu discurso diário transmitido pela televisão, acusando as forças russas de quererem “reduzir a cinzas” várias cidades da região.
A Rússia pratica a “deportação” e “os assassinatos de civis” no Donbass, disse Zelenski. “Tudo isso é uma política evidente de genocídio desempenhada pela Rússia”, acusou.
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As declarações de Zelenski se contrapõem às acusações de Moscou, que justificou sua invasão assegurando que os ucranianos cometiam um “genocídio” contra a população de origem russa do Donbass.
Esta bacia mineira do leste da Ucrânia, formada pelas regiões de Donetsk e Luhansk, é cenário de uma guerra desde 2014 entre as autoridades de Kiev e separatistas pró-russos.
Em abril, o Parlamento ucraniano já tinha adotado uma resolução qualificando de “genocídio” a atuação do Exército russo em seu território e pediu a países e organizações internacionais a fazerem o mesmo.
O presidente americano, Joe Biden, também usou em abril esse termo, assim como os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, e do Canadá, Justin Trudeau.
Zelenski também relatou que nesta quinta-feira os militares invasores voltaram a bombardear Kharkiv e que o saldo de vítimas era de 9 mortos e 19 feridos.
“Todos civis. Uma criança (de 5 meses) e um pai foram mortos. A mãe está em estado grave. Uma menina de 9 anos também está entre os feridos”, detalhou./AFP e EFE