Presidente do Peru é agredida e tem cabelos puxados durante evento; veja vídeo

Dina Boluarte participava do lançamento de obras em um vilarejo; autora da agressão é viúva de uma das vítimas dos protestos de 2022

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A presidente do Peru, Dina Boluarte, foi agredida neste sábado, 20, durante uma visita oficial à região de Ayacucho, no sul do país andino. Em um evento público, ela teve os cabelos puxados pela viúva de uma das vítimas dos protestos de 2022.

PUBLICIDADE

Boluarte havia participado do lançamento da primeira pedra de um projeto para melhorar e expandir o sistema de água potável e esgoto, além de obras de asfaltamento em um vilarejo na província de Huamanga, a cerca de 330 quilômetros a sudeste de Lima.

O ataque, gravado em vídeo e reproduzido pela mídia local, mostra como uma mulher, posteriormente identificada como Ruth Bárcena, atacou a presidente e puxou seu cabelo enquanto ela jogava doces na multidão.

Boluarte tem os índices de aprovação mais baixos em pelo menos duas décadas no Peru Foto: Luis Iparraguirre/AFP

O incidente durou alguns segundos. Após ser afastada pelos agentes de segurança, ela afirmou ser viúva de Leonardo Ancco, um operador de máquinas baleado no peito durante os protestos contra Boluarte em dezembro de 2022.

“Que crime eu cometi, vim pedir justiça para o meu marido”, disse ela. “Eles mataram meu marido, vou ficar calma, dando as boas-vindas a ele”, reiterou Bárcena, visivelmente indignada.

Publicidade

Ayacucho foi um dos focos de manifestações que pediram a renúncia de Boluarte depois que ela assumiu o lugar do deposto Pedro Castillo e deixou 10 pessoas mortas em confrontos com o exército peruano.

Advogada de 61 anos e primeira mulher a assumir a presidência do Peru, Boluarte tem os índices de aprovação mais baixos em pelo menos duas décadas, especialmente na região sul dos Andes, de maioria indígena, onde Castillo gozava de grande popularidade./AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.