O líder do Grupo Wagner, Ievgeni Prigozhin, que morreu em uma queda de avião na última quarta-feira, 23, foi homenageado em uma cerimônia fechada de despedida no cemitério de Pokrovskoie, em São Petersburgo, na Rússia, nesta terça-feira, 29, conforme informou seu serviço de imprensa. O presidente Vladimir Putin não compareceu à cerimônia.
Não ficou claro no comunicado se Prigozhin já foi enterrado ou se isso ainda iria acontecer. “O último adeus a Ievgeni Viktorovich aconteceu de portas fechadas. Quem quiser se despedir dele pode visitar o cemitério de Pokrovskoie”, indicou sua equipe em comunicado publicado no Telegram. O funeral de Prigozhin ocorreu sob grande sigilo e sem que os jornalistas soubessem o local exato do sepultamento.
Horas antes da cerimônia, o Kremlin já havia informado de que Putin não pretendia comparecer ao velório do chefe do grupo paramilitar Wagner. “A presença do presidente não está prevista. Não temos informação específica sobre os funerais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.
A morte de Prigozhin em uma queda de avião levantou suspeitas dois meses depois de ele ter liderado uma rebelião contra o Exército regular russo. Governos ocidentais apontaram o dedo a Putin, que classificou Prigozhin de “traidor” após a rebelião abortada. O Kremlin negou qualquer ato de vingança, denunciando “uma mentira absoluta” e “especulações”.
Ao longo do dia, a imprensa escreveu sobre a possibilidade de o sepultamento do chefe do Wagner acontecer em pelo menos três outros cemitérios da antiga capital imperial russa e cidade natal de Prigozhin. Inicialmente, cogitou-se que seria sepultado no cemitério Serafimovskoye, onde estão sepultadas personalidades conhecidas do país. Neste cemitério, durante a manhã, foi mobilizado um grande esquema policial.
Mais tarde, meios de comunicação também relataram medidas de segurança rigorosas também nos cemitérios de Severnoye, onde o chefe de segurança do Wagner, Valeri Chekalov, foi enterrado, e de Beloostrovskoye, que inaugurou uma alameda no ano passado para homenagear a memória daqueles que morreram na guerra na Ucrânia. /AFP E EFE
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