PUBLICIDADE

Primárias na Argentina são marcadas por filas e problemas nas urnas em Buenos Aires

Capital adotou sistema híbrido e juíza reporta mau funcionamento em 240 urnas; candidata Patricia Bullrich demorou 12 minutos para conseguir votar

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Até o meio da tarde, 48% dos argentinos foram às urnas nas Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, as PASO. Considerada um termômetro para a disputa presidencial, a votação tem sido marcada por atrasos e problemas nas urnas em Buenos Aires, relata a imprensa da Argentina.

A cidade adotou um sistema hibrido com voto eletrônico em nível local. A juíza María Servini, responsável pelo controle das eleições, reportou mau funcionamento em 240 urnas e criticou o que chamou de “imperícia” inédita. Os problemas, no entanto, não interferem na votação para os presidenciáveis, que segue a tradição do voto de papel.

Pessoas esperam para votar nas primárias argentinas, Buenos Aires, 13 de agosto de 2023.  Foto: REUTERS/Mariana Nedelcu
Votação na capital Buenos Aires é marcada por filas e problemas nas urnas. 13 de agosto de 2023.  Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
Eleitor deposita voto em Buenos Aires, 13 de agosto de 2023. Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

PUBLICIDADE

A administração de Buenos Aires minimizou o problema e disse o mau funcionamento atingiu menos de 1% das urnas. “Apenas 87 urnas habilitadas para votação (menos de 1% do total) registraram problemas no início do dia, que já foram corrigidos”, afirma.

A pré-candidata Patricia Bullrich — um dos nomes mais fortes da coalizão de direita Juntos por el Cambio, discorda. “A votação na cidade de Buenos Aires foi um desastre”, disse ela a repórteres ao relatar que precisou tentar sete vezes e levou 12 minutos para registrar o voto.

Bullrich enfrenta o prefeito de Buenos Aires Horacio Rodríguez Larreta dentro da coalizão que aparece nas pesquisas com vantagem sobre a esquerda peronista que governa o país. A coalizão Unión por la Pátria, está em segundo lugar enfraquecida pela crise econômica e pela inflação que chegou a 115%. Nesse campo, o grande favorito é o atual ministro da Economia, Sérgio Massa.

Pela extrema direita, o economista Javier Milei ganhou espaço em um cenário de inconformismo com o sistema político e agitou a campanha como uma terceira força na disputa. Mais recentemente, no entanto, as pesquisas mostram que Milei tem perdido força e aparece com cerca de 20% das intenções de voto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.