Primeiro-ministro da Suécia se diz aberto a receber armas atômicas em caso de guerra

A Suécia rompeu décadas de neutralidade ao entrar oficialmente na Otan em março deste ano, em decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, e indicou que pode ir mais longe para reforçar a sua defesa

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Por Redação
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ESTOCOLMO -O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, declarou nesta segunda-feira, 13, que está aberto a receber armas nucleares no território sueco em um possível cenário de guerra.

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O Parlamento do país, novo membro da Otan, votará em junho um Acordo de Cooperação em Defesa com os Estados Unidos, o que dará aos americanos acesso às bases militares suecas e permitirá o armazenamento de equipamentos e armas na nação escandinava.

Nas últimas semanas, se multiplicaram as iniciativas de associações pacifistas que pedem ao governo para detalhar por escrito neste acordo que a Suécia não permitirá a implantação de armas nucleares em seu território.

Swedish Prime Minister Ulf Kristersson reacts during a joint press conference with the Latvian prime minister in Stockholm on April 25, 2024, as the NATO logo can be seen in the background. (Photo by Anders WIKLUND / various sources / AFP) / Sweden OUT Foto: Anders Wiklund/ANDERS WIKLUND

O governo reiterou que não será necessário explicitar este termo, dado o “amplo consenso sobre as armas atômicas” no país e a uma decisão parlamentar que proíbe tais armamentos em tempos de paz.

Entretanto, o premiê sueco declarou nesta segunda-feira que diante de um contexto bélico, a situação seria diferente.

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“Em uma situação de guerra, a coisa é muito diferente, e dependeria completamente do que acontecer”, afirmou Kristersson à rádio pública sueca.

“No pior dos casos, os países democráticos nesta parte do mundo devem ser capazes de se defender de países que possam nos ameaçar com armas atômicas”, argumentou ele, insistindo que esta decisão seria de Estocolmo e não de Washington. “A Suécia decide sobre o território sueco”, reforçou o primeiro-ministro.

Preocupada com as consequências regionais da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Suécia rompeu com décadas de neutralidade e se tornou membro da Otan em março./AFP

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