Procuradoria do Equador abre investigação contra Rafael Correa por crime organizado

Além do ex-presidente, seu então vice, seus ministros e outros altos funcionários públicos, além da construtora brasileira Odebrecht, são suspeitos de terem cometido atos de corrupção

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Por Redação
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QUITO - A procuradoria-geral do Equador abriu uma investigação contra o ex-presidente Rafael Correa, seu então vice-presidente, seus ministros e outros altos funcionários públicos, além da empresa brasileira Odebrecht, por suspeita de atos de corrupção e crime organizado.

A medida é uma consequência da denúncia apresentada em março pelo líder político César Montúfar, que pediu que a Justiça investigasse a rede de corrupção liderada pela Odebrecht, que entregou quantias milionárias de dinheiro para funcionários públicos em troca de contratos de obras estatais.

Rafael Correa será investigado pela procuradoria por suspeita de corrupção associada à Odebrecht Foto: REUTERS/Henry Romero

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Em declarações à rádio Sonorama, o denunciante disse na terça-feira que existia "uma estrutura criminal operando na cúpula do Estado equatoriano, que tinha o poder de mudar a lei e as instituições para substituir funcionários com perspectiva de criar condições mais favoráveis para a institucionalização da corrupção no país".

Ele considerou surpreendente que a acusação não incluiu a Odebrecht em uma investigação de corrupção transnacional e que, depois de mais de dois anos de investigações, o Estado não tenha recuperado "nem um centavo dos bilões de dólares que foram roubados".

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Entre os investigados está o o ex-vice-presidente Jorge Glas, preso por outro caso de corrupção; Alexis Mera, secretário jurídico da Presidência; José Serrano, ex-ministro do Interior, além dos ex-procuradores-gerais Carlos Baca e Galo Chiriboga, do ex-controlador Carlos Pólit e do ex-procurador Diego García.

Relembre: Justiça decreta prisão de ex-presidente Correa

Além destes, um grupo de ex-ministros e outros altos funcionários, especialmente o setor de petróleo e energia, estão presos ou são julgados por crimes relacionados à corrupção propiciada pela Odebrecht.

Correa, que governou o país com mão de ferro entre 2007 e 2017, deixou o cargo em maio do ano passado, quando foi morar na Bélgica com sua família. Ele nega qualquer ato de corrupção e apontou que os processos contra ele são uma retaliação política. / AP

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