'Inundações históricas' isolam Vancouver e fazem governo do Canadá mobilizar o Exército

Chuvas intensas na costa do Pacífico já deixaram um morto e 4 desaparecidos e forçaram a fuga de milhares de moradores na província de Colúmbia Britânica, na costa oeste do país.

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Por Redação

A província de Colúmbia Britânica, no Canadá, declarou estado de emergência nesta quarta-feira, 17, após enchentes e deslizamentos de terra causarem destruição na costa do Pacífico. Autoridades disseram que as fortes chuvas deixaram uma pessoa morta e quatro desaparecidas, forçando a evacuação de milhares de residentes da cidade portuária de Vancouver.

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O país enviou o exército para ajudar a resgatar a população presa pelas inundações. Em reunião com os presidentes dos Estados Unidos e do México, o primeiro-ministro Justin Trudeau afirmou que as chuvas causaram "enchentes históricas e terríveis que afetaram e ceifaram vidas em toda a província".

"Posso confirmar que há centenas de membros das forças armadas canadenses indo para a Colúmbia Britânica para ajudar", disse.

O Canadá informou que helicópteros militares participaram da evacuação de cerca de 300 pessoas que ficaram presas emseus veículos. Foto: Reuters/Jesse Winter 

Todas as principais rotas entre Vancouver, a terceira cidade mais populosa do país, e o interior da província foram bloqueadas por deslizamentos, inundações ou deslizamentos de terra depois que as chuvas começaram, no sábado.

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“Quero que a população saiba que o governo federal tem colaborado com as autoridades locais '', acrescentou Trudeau. “Estamos enviando recursos para ajudar as pessoas, mas também estaremos lá para limpar e reconstruir após os impactos desses eventos climáticos extremos”, acrescentou.

Kathie Rennie, uma motorista, disse à emissora pública CBC que observou "uma montanha inteira desmoronando e carros sendo arrastados". "Tudo foi varrido. Foi um pânico absoluto", relatou.

Diante da situação, moradores correram em busca de suprimentos e as prateleiras de muitas lojas estavam vazias. Nos arredores de Vancouver, vários fazendeiros retiraram seu gado das fazendas inundadas. Até uma vaca foi removida em um jet ski.

“Temos milhares de animais que morreram”, disse a Ministra Provincial da Agricultura, Lana Popham.

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O governo federal informou que colocará a Força Aérea Real, também conhecida como Comando Aéreo, para auxiliar nos esforços de evacuação e fornecer suporte nas linhas de abastecimento.

Helicópteros militares participaram da evacuação de cerca de 300 pessoas de uma rodovia onde sobreviventes ficaram presos dentro de seus veículos na noite de domingo, 14, após um deslizamento de terra. "Prevemos a confirmação de mais mortes nos próximos dias", lamentou John Horgan, primeiro-ministro da Colúmbia Britânica.

Vista aérea das inundações na região de Abbotsford, na província de Colúmbia Britânica. Foto: Don MacKinnon / AFP

Os deslizamentos de terra também interromperam as conexões ferroviárias na cidade, um dos portos de carga mais importantes do Canadá. "Estamos trabalhando diligentemente para consertar os danos e garantir que possamos recuperar os poços de abastecimento o mais rápido possível", disse Horgan. “Mas as condições são severas”, acrescentou.

Autoridades ambientais disseram que, entre domingo e segunda-feira, Vancouver registrou 250 milímetros de chuva, precipitação esperada para o mês inteiro. Os meteorologistas culpam um "rio atmosférico" incomum pela enchente, ou uma estreita faixa de umidade vinda das regiões tropicais em direção aos polos.

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Horgan descreveu as chuvas como o evento que ocorre uma vez a cada 500 anos. Disse que a declaração do estado de emergência incluirá restrições às viagens para que o transporte de produtos essenciais e os serviços médicos e de emergência cheguem às comunidades necessitadas. 

“Estes são tempos muito difíceis. Há dois anos, falo neste pódio sobre os tempos difíceis que enfrentamos: desafios sem precedentes na saúde pública, incêndios florestais, aquecimento e agora essas inundações devastadoras que nunca vimos antes '', relembrou Horgan. As enchentes ocorrem poucos meses após a mesma província registrar uma onda de calor histórica que deixou 500 mortos. /AP, AFP e REUTERS

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