Putin, alvo de mandado de prisão internacional, minimiza ausência na cúpula dos Brics

Encontro ocorrerá em agosto, em Johannesburgo; África do Sul é signatária do Tratado de Roma e teria, em tese, a obrigação de prender o líder russo

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Por Redação

MOSCOU - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, minimizou neste sábado, 29, o fato de que não estará presente na cúpula dos Brics em Johannesburgo no próximo mês, em meio a uma controvérsia por um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele.

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Ele disse não “pensar que minha presença na cúpula dos Brics é mais importante que minha presença aqui, na Rússia, neste momento”.

Autoridades da África do Sul disseram que Putin não irá ao encontro de 22 a 24 de agosto devido ao mandado de prisão, mesmo que tenha sido convidado inicialmente. O Kremlin diz que o presidente participará por vídeo, mas não deu motivo para a ausência in loco.

Questionado neste sábado sobre sua ausência, Putin disse a jornalistas russos que está “em contato com todos os colegas”, referindo-se aos líderes de Brasil, Índia, China e África do Sul, integrantes do Brics, e comentou sobre a importância de estar em seu próprio país no momento. O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, estará na cúpula.

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África do Sul deu claras sinalizações de que não prenderia Putin caso ele fosse à cúpula dos Brics Foto: Gabriela Biló/Estadão

A África do Sul é signatária do Tratado de Roma que formou o TPI. Com isso, teria em tese a obrigação de prender Putin em sua chegada, após em março o tribunal ter indiciado o presidente russo por crimes de guerra, em relação com o sequestro de crianças da Ucrânia.

A África do Sul deu claras sinalizações de que não prenderia Putin caso ele fosse, mas também vinha fazendo lobby para que ele não comparecesse, para evitar o problema./AP

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