Putin se pronuncia sobre Israel-Palestina e diz que conflito é fracasso dos EUA e desrespeito a ONU

Presidente russo não havia se pronunciado até então sobre o conflito após os ataques do sábado

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, quebrou o silêncio e se pronunciou nesta terça-feira, 10, sobre o novo conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, Putin disse em encontro com o primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Al Sudani, que o conflito é fracasso da política americana e desrespeito às decisões do Conselho de Segurança da ONU.

“Infelizmente, vemos um agravamento acentuado da situação no Oriente Médio. Acho que muitos concordarão comigo que este é um exemplo vívido do fracasso da política dos Estados Unidos no Oriente Médio”, afirmou o russo.

Imagem mostra presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia Al Sudani, em encontro nesta terça-feira, 10, em Moscou. Putin se pronunciou sobre conflito em Israel e Gaza durante o encontro Foto: Sergei Bobylyov/Sputnik/via Reuters

PUBLICIDADE

Putin acrescentou que os EUA tentaram monopolizar as negociações políticas da região, sem estar preocupado em “encontrar compromissos aceitáveis para ambos lados”. Segundo ele, isso resultou na impossibilidade de implementar decisões do Conselho de Segurança da ONU para o estabelecimento de um Estado Palestino.

O presidente russo defendeu a criação de um Estado da Palestina e enfatizou que a posição da Rússia, assim como a do Iraque, é minimizar os danos à população civil. A declaração acontece poucos dias depois de um míssil russo atingir um café na cidade de Hroza, perto de Kharkiv, e matar 51 pessoas.

Antes de Putin se pronunciar, o Kremlin havia comunicado que a Rússia acompanhava a situação preocupada. Na televisão estatal russa e nos blogs pró-Kremlin, comentaristas reagiram ao ataque a Israel como prova do fracasso ocidental no Oriente Médio e início de uma guerra que poderia minar o apoio ocidental à Ucrânia.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.