Putin volta a insinuar que Ucrânia estaria por trás de atentado em Moscou; Kiev nega

Presidente russo reconheceu que ataque foi cometido por ‘islamistas radicais’, mas disse que poderiam ter relações com ucranianos

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Por Redação
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O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu nesta segunda-feira, 25 que o atentado de sexta-feira na Grande Moscou, reivindicado pelo ISIS-K, braço do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), foi cometido por “islamistas radicais” e citou novamente que poderiam ter vínculo com a Ucrânia. Kiev negou qualquer relação entre as autoridades ucranianas e os autores do ataque que, segundo um novo balanço, deixou 139 mortos e 182 feridos.

Mais de dois anos após sua ofensiva em grande escala contra Kiev, Putin afirmou novamente que o ataque poderia ter algo a ver com a Ucrânia. “Sabemos que este crime foi cometido por islamistas radicais com uma ideologia contra a qual o mundo islâmico tem lutado por séculos”, disse em uma reunião de governo transmitida pela televisão. “Sabemos quem cometeu esta atrocidade contra a Rússia e seu povo. O que nos interessa é o patrocinador”, acrescentou.

Presidente russo Vladimir Putin participa por videoconferência de reunião sobre o ataque no Crocus City Hall, 25 de março de 2024.  Foto: Mikhail Metzel/ AP

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Três dias após a tragédia, ainda há muitas perguntas sem resposta, em particular sobre as motivações do atentado.

No sábado, quando se pronunciou pela primeira vez, Putin insinuou a participação de Kiev. Em nenhuma das ocasiões ele mencionou o nome EI. “É importante responder à pergunta de por que os terroristas, depois de seu crime, tentarem ir para a Ucrânia. Quem os esperava lá? Aqueles que apoiam o regime de Kiev não querem ser cúmplices do terror”, afirmou Putin.

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Nesta segunda-feira, o Kremlin se recusou a comentar a reivindicação do EI e indicou que Putin não tem previsão de visita ao Crocus City Hall, onde ocorreu o pior ataque na Rússia em 20 anos.

O Kremlin também se recusou a comentar as denúncias de tortura dos suspeitos, que apareceram com o rosto ensanguentado em vídeos e fotos publicados nas redes sociais. Durante a audiência dos suspeitos em um tribunal de Moscou, no domingo à noite, um deles estava com um curativo branco na orelha e outro chegou em uma cadeira de rodas, com os olhos fechados./AFP

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