Qual é a diferença entre vulcões ativos, adormecidos e extintos?

Um vulcão ser considerado ativo não significa que está em erupção, mas poderá entrar, segundo explica geofísico norte-americano

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Por Redação

A vulcanologia, ciência que estuda os vulcões, classifica essas estruturas em três categorias principais: ativos, adormecidos e extintos. Saber em que estágio cada um se encontra é fundamental para mitigar riscos e a preparar comunidades vulneráveis a futuras erupções.

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Cada uma dessas categorias indica um determinado estado de atividade vulcânica, mas, diferentemente do que se possa pensar, um vulcão ativo não significa que ele está jorrando lava neste momento, por exemplo.

“Isso não significa que o vulcão esteja em erupção agora, embora tal vulcão certamente se qualificaria como ‘ativo’. Em vez disso, significa que o vulcão tem um sistema magmático jovem e, se não estiver em erupção agora, poderá entrar no futuro”, diz Michael Poland, geofísico do US Geological Survey (Serviço Geológico dos EUA) e cientista responsável pelo Observatório do Vulcão de Yellowstone, em um artigo sobre o tema.

O contrário também acontece, já que a classificação de um vulcão como adormecido não significa que ele não expelirá lava.

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Monte Etna, um dos vulcões mais ativos do mundo.  Foto: Reprodução

Embora o Brasil não tenha vulcões, o Serviço Geológico do Brasil os estuda e os define como “estruturas que liberam magma, gases e cinzas, conectados a câmaras magmáticas subterrâneas”. Segundo o órgão, o nome vem de Vulcano, deus do fogo na mitologia romana.

A classificação dos vulcões é útil também para estudar as suas atividades, que são complexas e passíveis de mutação. Estudos sobre esses sistemas, como o da Caldeira de Yellowstone, que fica no Parque Nacional de Yellowstone, no estado do Wyoming, nos EUA, mostram que vulcões com longos períodos de inatividade ainda podem possuir câmaras de magma ativas.

Veja a seguir a definição de vulcões ativos, adormecidos e extintos, segundo os serviços geológicos dos Estados Unidos e do Brasil.

Vulcões ativos

Vulcões ativos são aqueles que entraram em erupção recentemente ou mostram sinais de potencial erupção iminente. Exemplos disso incluem o Etna, na Itália, o Pinatubo, nas Filipinas, e o Monte Santa Helena, nos EUA.

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Eles não apenas entram em erupção, mas também têm atividades como pequenos abalos sísmicos e emissões de gases, indicando a movimentação do magma em seu interior.

Vulcões dormentes

Vulcões dormentes, como o Licancabur, no Chile, não estão ativamente em erupção, mas possuem o potencial para despertar. A ausência de atividade não significa que estão seguros ou mortos; a história geológica nos ensina que vulcões dormentes podem surpreender, retomando sua atividade após períodos prolongados de quietude.

Vulcões extintos

Vulcões extintos são considerados incapazes de entrar em erupção novamente. No entanto, essa classificação pode ser enganosa segundo os estudiosos, pois a natureza imprevisível dos vulcões significa que, em teoria, até mesmo um vulcão considerado extinto poderia reativar sob as condições certas.

Saiba mais sobre os vulcões

A ciência que estuda os vulcões é a vulcanologia, criada na década de 1980. O assunto também é alvo de estudo de geólogos, geógrafos e geofísicos. Os vulcanólogos rastreiam as formações criadas a partir da era Holocênica, há mais de 12 mil anos, logo após a última era glacial.

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A atividade vulcânica não se limita a erupções explosivas. Ela também inclui a liberação de piroclastos (fragmentos de rochas), vulcanoclastos (fragmentos das matérias vulcânicas), além de fenômenos como nuvens ardentes, fumarolas (emissão de vapor de uma fenda) e gêiseres (nascente de água).

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