Quase 95% dos ucranianos acreditam que a Rússia sairá derrotada da guerra

Pesquisa mostra que invasão russa aumentou a autoestima dos cidadãos ucranianos quanto ao próprio país

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Por Redação

Convivendo com um cotidiano de guerra há um ano, cidadãos ucranianos parecem não ter perdido a esperança de ver o país livre ao fim da invasão russa. Pelo menos é o que aponta um levantamento conduzido pelo instituto Rating Group, que apurou que 95% dos ucranianos acreditam na vitória sobre as tropas de Moscou.

A pesquisa foi apresentada na terça-feira, 21, e mostra um crescimento de confiança da população na vitória. Em janeiro do ano passado, quase um mês antes do início do conflito, o porcentual de quem acreditava em um sucesso militar contra a Rússia era quase metade: 56%, de acordo com o mesmo instituto.

Soldado ucraniano ajuda companheiro ferido durante batalha em Kharkiv. Foto: Kostiantyn Liberov/ AP - 12/09/2022

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De acordo com as conclusões do estudo, a resistência ucraniana teve um impacto positivo na autoestima dos cidadãos. Setenta e cinco por cento dos entrevistados pelo instituto disseram que o primeiro sentimento que relacionavam à Ucrânia era “orgulho” ― um ano antes, esse porcentual era de 34%.

O resultado também revela que os ucranianos não esperam uma solução rápida para o conflito. Uma maioria de 63% afirmou crer que a vitória sobre as forças russas iriam requerer seis meses ou mais de combates.

O otimismo identificado pela pesquisa ecoa a narrativa oficial do governo ucraniano. O presidente Volodmir Zelenski afirmou nesta quinta-feira, 23, que a Ucrânia “triunfará” sobre as tropas russas e sobre o terror.

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“Nós não quebramos, nós superamos muitas provações e vamos triunfar. Vamos responsabilizar todos aqueles que trouxeram este mal, esta guerra, a nossa terra. Todo o terror, todos os assassinatos, todas as torturas, todos os saques”, afirmou em uma mensagem publicada nas redes sociais

Ele acrescentou que a Rússia escolheu “o caminho do assassino, o caminho do terrorista, o caminho do torturador, o caminho do saqueador”, ao desencadear esta guerra e que esta “escolha de Estado” implica uma “responsabilidade de Estado pelo terror cometido”./ Com AFP

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