As medidas do presidente deposto Mamadou Tandja para se manter no poder - alterou a Constituição do país para se manter no cargo indefinidamente - colocou em risco o apoio europeu e de outros países do Ocidente. Isso explicaria o motivo pelo qual ele se aproximou de países como a Líbia e a Venezuela - ambos visitados por Tandja nos últimos meses.
Além disso, existiam rumores na França de que Tandja considerava ceder o contrato de exploração de urânio no país para os chineses - ou até para or iranianos -, ameaçando o grupo estatal francês Areva, que explora urânio no Níger há décadas e atua, no país, a segunda maior mina do minério no mundo.
O urânio, porém, não é a única razão para o Ocidente acompanhar o desenvolvimento do país. Ainda existe a preocupação com o crescimento das operações do braço armado da Al-Qaeda no Magreg Islâmico, cujos insurgentes expandem sua área de atuação na região.
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