‘Todos os olhos em Rafah’: Entenda imagem sobre ataque de Israel com 44 mi de compartilhamentos

A imagem mostra milhares de barracas que se estendem por um deserto e formam as letras da mensagem e viralizou após o bombardeio israelense em Rafah, que deixou 45 mortos

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Por Redação
Atualização:

Uma imagem gerada por inteligência artificial (IA) com a mensagem “Todos os olhos em Rafah” (”All eyes on Rafah”, em inglês) foi compartilhada mais de 44 milhões de vezes no Instagram nos últimos dias após um bombardeio israelense a um campo de refugiados na cidade que provocou um incêndio e deixou 45 mortos no domingo, 26, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.

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A imagem mostra milhares de barracas que se estendem por um deserto e formam as letras da mensagem, uma referência aos milhares de palestinos que fugiram para Rafah por conta da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas em outras partes do enclave palestino.

As modelos Bella e Gigi Hadid, de origem palestina, e o jogador de futebol francês Ousmane Dembelé estão entre as celebridades que compartilharam a imagem.

A imagem feita por inteligência artificial teve mais de 40 milhões de compartilhamentos no Instagram  Foto: Instagram/Reprodução

A frase “Todos os olhos em Rafah” também foi amplamente compartilhada em outras redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter), onde foram publicadas 27,5 milhões de mensagens em três dias sobre o ataque em Rafah, condenado internacionalmente.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontaram que dois líderes do grupo terrorista Hamas foram mortos no ataque, mas o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ressaltou que se tratou de um “acidente trágico”.

Origem da frase

A frase pode ter sido inspirada por comentários feitos em fevereiro por Rik Peeperkorn, que dirige o escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Gaza e Cisjordânia. Peeperkorn estava participando de uma coletiva de imprensa durante o aumento das operações militares israelenses no sul de Gaza, quando a ofensiva em Rafah ainda não havia acontecido.

“Todos os olhos estão voltados para Rafah”, disse Peeperkorn na época.

O comentário foi quase imediatamente reaproveitado por grupos pró-Palestina e organizações humanitárias para chamar a atenção para a guerra em Gaza, especificamente para Rafah, que era um dos últimos destinos restantes para civis palestinos deslocados de outras partes do território.

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A frase também foi ouvida por diversos grupos pró-Palestina durante diversos protestos em universidades ocidentais no inicio deste mês.

Ofensiva em Rafah

A guerra na Faixa de Gaza começou no dia 7 de outubro do ano passado quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto.

Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma operação militar no enclave palestino, com bombardeios aéreos e invasão terrestre, que deixou mais de 36 mil palestinos mortos em Gaza, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas da organização.

Civis palestinos se deslocam para outras partes da Faixa de Gaza após o inicio da operação militar israelense em Rafah  Foto: Abdel Kareem Hana/AP

Neste mês de maio, Israel iniciou uma operação limitada na cidade de Rafah, apesar de apelos internacionais para que Tel-Aviv não seguisse com o plano. Segundo o governo israelense, os reféns provavelmente estão na cidade, e o local é o último refugio do Hamas em Gaza.

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O Exército de Israel anunciou que assumiu o controle de um corredor estratégico ao longo da fronteira de Gaza com o Egito para bloquear túneis de contrabando. Tel-Aviv também afirmou que uma nova brigada de soldados se juntou às forças que operam na cidade no sul de Gaza./com AFP, NYT e AP

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