Rebelião em presídio no Equador deixa ao menos 15 mortos e 20 feridos

Um dos mortos seria Leandro Norero, acusado de ser o chefe de uma das principais quadrilhas de tráfico de drogas do país

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Por Redação
Atualização:

QUITO - Pelo menos 15 detentos morreram e outros 20 ficaram feridos após uma nova rebelião em um presídio nesta segunda-feira, 4, perto da cidade de Latacunga, no centro da Cordilheira dos Andes, no Equador. A informação foi confirmada pelo Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI), responsável por controlar os centros de detenção no país.

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Ao longo do dia, ganhou força nas redes sociais a informação de que um dos mortos seria Leandro Norero, acusado de ser o chefe de uma das principais quadrilhas de tráfico de drogas do país. Norero, conhecido pelo pseudônimo de “El Patrón”, foi preso em maio passado por crime de lavagem de dinheiro. A morte dele ainda não foi confirmada.

Segundo o SNAI os incidentes começaram depois de os detentos participarem do censo do país, realizado pela instituição para recolher dados sobre a população carcerária. Após reportar o alerta no Centro Privativo da Liberdade do Cotopaxi, o SNAI coordenou com a Polícia a ativação de “todos os protocolos de segurança, de forma a proteger a segurança do centro prisional”.

Guardas prisionais deixam as instalações da prisão Regional Sierra Centro Norte Cotopaxi, após confrontos entre detentos, em Latacunga, sul do Equador Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Equipes táticas da Polícia entraram nas dependências penitenciárias para tentar retomar o controle total do presídio, enquanto equipes militares vigiavam o entorno. Imagens registradas por pessoas que transitavam por uma estrada próxima ao presídio mostraram que vários detentos se refugiaram no telhado do prédio para tentar evitar o confronto.

O Equador tem 36 prisões que abrigam mais de 32 mil detentos, e em algumas delas mais de 400 detentos foram assassinados desde 2020, em confrontos entre gangues rivais que disputam o controle interno dos centros prisionais.

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Nas diferentes buscas policiais após os confrontos, foram encontrados diferentes tipos de armas de fogo, incluindo fuzis, além de armas brancas e grandes quantidades de balas. Desde o início de 2022, ao menos 100 detentos morreram, principalmente em quatro massacres. /EFE e AFP

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