A fornecedora de energia British Gas, do Reino Unido, afirmou à BBC que pede desculpas por cobrar 2,5 mil libras (cerca de R$ 17,1 mil) de um senhor de 79 anos por engano. De acordo com a BBC, o pedido de desculpa vem após a empresa informar que enviaria os dados do cliente a uma agência de cobrança de dívidas, mesmo com os esforços do consumidor para contestar a conta.
Segundo a emissora britânica, o valor da conta de energia do britânico John Spink começou a aumentar depois que um medidor inteligente foi instalado em sua casa. Por não ter acesso à internet ou telefone, o senhor foi ajudado por sua vizinha a reclamar com a empresa.
“Moro nesta casa há quase 30 anos e nunca tive contas de mais de 60 libras ou 70 libras por trimestre”, afirma. “Eles disseram em uma carta que viriam à minha casa para ver qual era a situação. Se alguém tivesse vindo, eu daria uma bronca neles. O que vocês acham que estão fazendo?”, reclamou Spink.
A BBC afirma que, inicialmente, o valor da conta do britânico era de mais de 4 mil libras (R$ 27,3 mil), passando para 6,7 mil libras (R$ 45,8 mil) no período do natal do ano passado. Em abril, ele recebeu uma carta informando a redução da dívida para 2,5 mil libras (R$ 17,1 mil), além de um aviso de dizendo que seus dados haviam sido encaminhados para uma agência de cobranças porque a dívida não havia sido paga.
Após contato da BBC, a empresa disse que se desculpa com John Spink e informou que ele não tem dívidas pendentes e que receberá uma indenização de 500 libras (R$ 3,4 mil). A British Gas afirmou à BBC que a situação de Spink foi um problema de atendimento ao cliente e que havia resolvido a questão antes de ser procurada pela emissora, mas ainda não havia informado isso a Spink. A empresa também negou que tivesse realmente enviado os dados do consumidor a uma agência de cobranças - apesar das duas cartas da companhia afirmando o contrário, ressalta a BBC.
No ano passado, a British Gas se envolveu em um escândalo quando admitiu que agentes de cobrança trabalhando para a empresa invadiram casas de consumidores em situação de vulnerabilidade econômica para instalar medidores pré-pagos.
Com a repercussão negativa do caso, o órgão regulador de energia no Reino Unido instruiu todos os fornecedores a interromperem a prática, antes de conceder permissão para que retomassem essas instalações sob regras mais rígidas, em abril.
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