Reino Unido está devastado, diz Liz Truss; líderes mundiais prestam homenagem

Chefes de governo e de Estado do mundo todo, assim como líderes de organizações internacionais prestaram tributo à monarca

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Por Redação
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A primeira-ministra ministra do Reino Unido, Liz Truss, última chefe de governo da era Elizabeth II, fez um pronunciamento em frente à residência oficial de Downing Street: “Elizabeth II foi a rocha sobre a qual o Reino Unido moderno foi construído”. Chefes de governo e de Estado do mundo todo, assim como líderes de organizações internacionais prestaram tributo à monarca. Acompanhe a cobertura ao vivo do Estadão (conteúdo aberto).

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Truss viajou, na terça-feira, para a residência escocesa de Elizabeth II em Balmoral onde, em uma reunião protocolar de apenas meia hora, a rainha e chefe de Estado a encarregou de formar governo como nova líder da maioria conservadora. “O Reino Unido está devastado e em estado de comoçao pela morte da rainha Elizabeth II aos 96 anos em Balmoral”, disse, se referindo à monarca como fonte de estabilidade e fortaleza para o país.

O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, divulgaram um comunicado sobre a morte da rainha Elizabeth II, chamando-a de “presença constante e fonte de conforto e orgulho por gerações”.

Em seu comunicado, a primeira-ministra Liz Truss diz que o Reino Unido está devastado com a morte da rainha  Foto: Peter Nicholls/Reuters

“Hoje, os pensamentos e orações das pessoas em todos os Estados Unidos estão com o povo do Reino Unido e da Commonwealth em sua dor. Enviamos nossas mais profundas condolências à família real, que não está apenas de luto por sua rainha, mas por sua querida mãe, avó e bisavó. Seu legado será grande nas páginas da história britânica e na história do nosso mundo”, escreveram os Bidens no comunicado.

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Os Bidens disseram que conheceram a rainha em 1982, enquanto o presidente viajava para o Reino Unido como parte de uma delegação do Senado. Eles disseram que “esperam continuar uma amizade próxima com o rei e a rainha consorte”.

A primeira-ministra já havia conversado mais cedo com Biden quando as primeiras informações sobre a saúde da rainha começaram a surgir.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem a Elizabeth II, a quem descreveu como “uma amiga da França, uma rainha de coração”, que “marcou seu país e seu século para sempre”. “Sua majestade, a rainha Elizabeth II, encarnou a continuidade e a unidade da nação britânica durante mais de 70 anos. Guardo a lembrança de uma amiga da França, uma rainha de coração que marcou seu país e seu século para sempre”, reagiu o presidente francês em um tuíte, após publicar uma foto da soberana.

A rainha Elizabeth simbolizou a “reconciliação” com a Alemanha, ajudando a “curar as feridas” da 2ª Guerra, disse o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, nesta quinta-feira. “O Reino Unido estendeu a mão à Alemanha para a reconciliação - e a mão da reconciliação também foi a da rainha”, escreveu o chefe de Estado em uma mensagem de condolências.

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Em outra mensagem, o chanceler alemão (chefe de governo) Olaf Scholz elogiou “seu compromisso com a reconciliação germano-britânica”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou “um modelo de continuidade” ao longo da história, “cuja calma e devoção deram força a muitos”. “Ela testemunhou guerra e reconciliação na Europa e além, e profundas transformações em nosso planeta e nossas sociedades”, tuitou, chamando a rainha de “uma âncora em tempos difíceis”.

O presidente irlandês, Michael Higgins, expressou suas condolências, saudando “uma amiga notável da Irlanda”. “Enquanto oferecemos nossas condolências a todos os nossos vizinhos do Reino Unido pela morte de uma notável amiga da Irlanda, nos lembramos do papel desempenhado pela rainha Elizabeth na longa amizade” entre os dois países com uma história conturbada, disse o presidente.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou a “graça, dignidade e devoção” de Elizabeth II, que foi uma “presença tranquilizadora durante décadas de mudanças de longo alcance”.

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A rainha “era amplamente admirada por sua graça, dignidade e devoção em todo o mundo. Ela foi uma presença tranquilizadora durante décadas de mudanças de longo alcance, incluindo a descolonização na África e na Ásia”, disse em comunicado.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse estar “profundamente entristecido”. “Por mais de 70 anos, ela incorporou liderança e engajamento público altruísta. Minhas mais profundas condolências à Família Real, aos nossos aliados da Otan - Reino Unido e Canadá - e ao povo da Commonwealth”, tuitou.

Papa e Putin

O papa Francisco lamentou a morte da rainha, de quem elogiou seu “incansável serviço ao bem” do seu país e seu “exemplo de devoção ao dever”, ao mesmo tempo que reza pelo seu filho “ao assumir agora as suas altas responsabilidades como rei”.

“Profundamente entristecido com a notícia do falecimento de Sua Majestade a rainha Elizabeth II, ofereço minhas mais profundas condolências a Sua Majestade, aos membros da Família Real, ao povo do Reino Unido e à Commonwealth”, disse o pontífice em um telegrama dirigida ao novo soberano.

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“Junto-me de bom grado a todos os que choram sua perda, orando pelo descanso eterno da falecida rainha e prestando homenagem à sua vida de serviço incansável ao bem da nação e da Commonwealth, seu exemplo de devoção ao dever, seu firme testemunho de fé em Jesus Cristo e sua firme esperança em suas promessas”, acrescentou.

Na mensagem, em inglês, Francisco também enviou seus melhores votos ao novo rei. “Encomendando sua nobre alma à bondade misericordiosa de nosso Pai Celestial, asseguro a Sua Majestade minhas orações para que Deus Todo-Poderoso o sustente com sua graça infalível, enquanto assume agora suas altas responsabilidades como Rei”, declarou.

O presidente russo, Vladimir Putin, também se pronunciou e ofereceu condolências a seu filho, o rei Charles III. “Durante muitas décadas, Elizabeth II desfrutou, com razão, do amor e respeito de seus súditos, bem como da autoridade no cenário mundial”, disse Putin em comunicado divulgado pelo Kremlin./AP, AFP e EFE

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