O ataque realizado nesta quarta-feira, 27, ao Parlamento iraquiano por manifestantes a favor do influente clérigo xiita Muqtada al-Sadr -- eles se retiraram após seu apelo -- soma-se a outros ataques a casas legislativas em todo o mundo como forma de protesto.
O ataque ocorreu depois que o apoiador majoritário na legislatura, a aliança do Marco de Coordenação, decidiu nomear um primeiro-ministro.
Até hoje, a última e mais notória irrupção a um Legislativo ocorreu nos EUA em 6 de janeiro de 2021, depois que cerca de 10 mil pessoas – apoiadores do então presidente Donald Trump – marcharam em direção ao Capitólio e cerca de 800 invadiram o prédio. Houve cinco mortos e cerca de 140 agentes feridos. Relembre outros assaltos a parlamentos ocorridos nos últimos cinco anos:
5 de julho de 2017
Um grupo de simpatizantes do governo venezuelano invade à força a Assembleia Nacional (AN, Parlamento), com maioria de oposição, e fere alguns deputados que estavam na sala para uma sessão em comemoração ao Dia da independência no país;
1 de julho de 2019
Assalto ao Parlamento de Hong Kong. A manifestação pelo aniversário da cessão britânica de Hong Kong à China termina numa revolta popular sem precedentes em que centenas de jovens entram à força e ocupam a sede do Legislativo;
15 de julho de 2020
Um grupo de manifestantes invade o prédio do Parlamento do Azerbaijão para exigir ação militar contra a Armênia pelos confrontos na fronteira que deixaram pelo menos 17 mortos. O incidente neste Parlamento ocorreu no fim de uma marcha de cerca de 5 mil pessoas pelas ruas de Baku em apoio ao Exército e para exigir uma “mobilização geral” para defender a integridade territorial e fronteiriça do país;
29 de agosto de 2020
Uma ameaça de “ataque” por parte de cerca de 200 extremistas contra o Reichstag, na sede do Parlamento alemão, após uma marcha contra as restrições devido à pandemia de coronavírus que reuniu cerca de 30 mil pessoas;
6 de janeiro de 2021
Cerca de 10 mil pessoas marcham em direção ao Capitólio e cerca de 800 o invadem durante a sessão que certificava a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020. O incidente resultou em 5 mortes e cerca de 140 agentes feridos.