O Partido Republicano conquistou a maioria na Câmara dos Representantes e garantiram ao presidente eleito Donald Trump o controle das duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos. A vitória foi projetada pela emissora CNN nesta terça-feira, 13, e era esperada desde os primeiros resultados na noite da eleição, há uma semana.
Com o resultado, Trump terá a partir do ano que vem a maioria no Senado e na Câmara dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados, por pelo menos dois anos. A maioria foi confirmada com as projeções de vitória na Califórnia e no Arizona, dando aos republicanos 218 assentos, o mínimo necessário para obter a maioria simples. Os democratas aparecem com 208 vagas, e outras 9 seguem em disputa.
O controle permite a Trump a implementação de suas promessas de campanha sem enfrentar a resistência da Câmara ou do Senado. As promessas incluem corte de impostos, deportações em massa de imigrantes em situação ilegal e implementação de tarifas contra produtos importados, sobretudo da China.
No seu primeiro governo, o republicano também teve a maioria das duas casas legislativas nos dois primeiros anos, até perdê-las na eleição de meio de mandato de 2018. Esse controle nos dois primeiros anos e a perda nos anos finais não é algo incomum: o mesmo aconteceu com Biden e com Barack Obama no seu primeiro governo.
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Os republicanos já possuíam a maioria da Câmara dos Representantes na legislatura atual, obtida nas eleições de meio de mandato em 2022, e foram um obstáculo para o governo de Joe Biden na ajuda militar à Ucrânia. O Senado estava na mão dos democratas por uma maioria simples, mas foi recuperado na semana passada pelo partido de Trump.
Para além do Legislativo, o presidente eleito terá ainda uma Suprema Corte de maioria conservadora. Seis dos nove juízes fazem parte dessa ala, dos quais três foram nomeados por Trump no primeiro mandato. Nos próximos quatro anos, essa maioria deve ser estendida por décadas se dois dos juízes mais velhos, John Roberts, de 69 anos, e Samuel Alito, de 74, se aposentarem. Os dois são da ala conservadora.
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