Republicanos não chegam a consenso e Câmara dos EUA segue sem presidente

Casa está sem líder desde a destituição de Kevin McCarthy, em 3 de outubro, o que a privou de muitas de suas prerrogativas, como a adoção de leis

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Por Redação

WASHINGTON - A Câmara dos Deputados dos EUA segue sem presidente depois que o republicano Jim Jordan, próximo a Donald Trump, fracassou, nesta quarta-feira, 18, em sua segunda tentativa de ser eleito presidente da Casa, que está há 15 dias paralisada.

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Os republicanos que têm maioria na Câmara e deveriam eleger seu presidente dentro do próprio partido não conseguem chegar a um acordo, evidenciando suas divisões a um ano das eleições presidenciais.

O presidente Joe Biden, em viagem a Israel, reassegurou seu apoio inabalável na guerra contra o grupo terrorista Hamas. Mas se a Câmara não escolher seu presidente, não poderá votar os pacotes de ajuda para cumprir as promessas do líder democrata. O Senado é controlado pelo partido do presidente.

Jim Jordan ( à direita) tenta se tornar presidente da Câmara dos EUA  Foto: Alex Brandon/ AP

Crise política

A Câmara dos Deputados está sem líder desde a destituição de Kevin McCarthy, em 3 de outubro, o que a privou de muitas de suas prerrogativas, como a adoção de leis.

O congressista Jim Jordan, da ala mais conservadora do partido e muito próximo de Trump, é atualmente o único candidato republicano na disputa pelo cargo.

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Mas não conseguiu se eleger nem na terça-feira, nem na manhã desta quarta-feira porque 20 republicanos moderados rejeitam suas posições por considerá-las extremas, e se negam a lhe dar seu voto.

Em um Legislativo ainda marcado pelo ataque ao Capitólio, os democratas denunciam a posição ambígua de Jim Jordan sobre as presidenciais de 2020, eleições que Trump ainda diz terem sido fraudadas, sem apresentar provas.

Por isso, também não o ajudarão a conquistar o cargo.

A eleição pode durar dias: o ex-presidente da Câmara Kevin MCCarthy teve de se submeter a 15 rodadas de votação e fazer muitas concessões para chegar à presidência da Casa, em janeiro.

Os republicanos querem evitar a qualquer custo que isso se repita. Até agora, tem sido em vão. /AFP

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